Autarca oliveirense “chocado” com movimentação junto de supermercados e cafés, promete endurecer fiscalização.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, mostrou-se hoje muito preocupado com a situação que continuar a verificar-se nos supermercados e cafés do concelho, lamentando que, apesar da situação de pandemia que o país vive, as pessoas continuem a comportar-se como “se não estivesse nada a acontecer”.
“Aquilo que se tem acontecido nos supermercados e cafés tem-me chocado”, confessou aos órgãos de comunicação locais, durante uma vídeo conferência de imprensa, esta manhã, a partir do seu gabinete na Câmara Municipal, onde admitiu mesmo avançar com novas restrições, nomeadamente ao funcionamento dos cafés (já que as Câmaras não têm competências para agir no horário das grandes superfícies) se estes não cumprirem as regras de distanciamento social.
“O que eu vejo é que as pessoas tomam café e ficam à porta dos cafés, em grupo, se isto continuar a acontecer eu posso bem determinar que os cafés abram às 9h e fechem às 9h01m, podemos decidir o fecho, de forma ardilosa”, referiu o edil, prometendo endurecer a fiscalização a estas situações.
“Temos que começar a levantar autos por crime de desobediência”, adiantou, garantindo não lhe “faltar coragem” para aplicar a lei, e se for caso disso, até ir mais além que a própria lei, se em causa estiver “salvar vidas no meu concelho”. Alexandrino fazia esta manhã o ponto de situação do surto Covid-19 no concelho de Oliveira do Hospital, onde para já não há a registar nenhum caso positivo de infeção pelo novo coronavírus, e voltou a apelar aos oliveirenses para, nesta fase, manterem o isolamento social, tendo em conta que “ninguém sabe como é que este vírus se comporta”.
“Para amanhã estarmos juntos, hoje temos de nos manter separados”, apelou, diretamente, ao civismo dos oliveirenses.