Autarca de Oliveira do Hospital defende agravamento das penas para os autores de fogo posto, não tendo dúvidas que o que tem acontecido ao país, nos últimos meses, tem na sua maioria, “mão criminosa”.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital defende uma mão mais pesada para os autores dos incêndios e entende que estes devem ter tratamento igual aos “terroristas” pelos prejuízos que têm causado ao país.
José Carlos Alexandrino falava esta sexta-feira ao final do dia, na entrega de equipamentos de proteção individual aos Bombeiros de Lagares da Beira, onde saiu em defesa de “penas mais pesadas” para os incendiários de “forma a dissuadi-los daquilo que tem vindo a acontecer, pondo vidas humanas em perigo constantemente”. “É importante haver mão mais pesada, perante aquilo que se está a passar em Portugal, que é terrorismo puro”, acredita o autarca, para quem não restam dúvidas de que a maioria das ignições que se vem registando no país, nas últimas semanas, têm “mão humana”.
“Aquilo que tem acontecido ao país é demasiado mau, por isso é que eu acho que devemos agravar as penas que nós temos para dissuadirmos as pessoas e devemos todos colaborar na denúncia como aconteceu no concelho de Oliveira do Hospital”, afirmou, onde revelou recaírem suspeitas sobre o alegado autor do incêndio do passado fim de semana no Monte Colcurinho, freguesia de Aldeia das Dez.
Um incêndio que segundo o autarca, foi combatido de forma “exemplar” pelo dispositivo municipal de combate, não tendo atingido por isso as proporções que outros têm atingido noutras zonas do país. “Para o incêndio que foi na zona que foi, arderam apenas poucos hectares, quer dizer que houve coordenação dos meios que estavam no teatro de operações e houve um trabalho exemplar de todas as pessoas envolvidas dos sapadores florestais, aos nossos bombeiros, às próprias forças de segurança, correu tudo bem”, considerou o edil, lembrando que aquela área tem um histórico de incêndios que fazia prever o pior, caso o fogo não fosse atalhado a tempo e de forma eficaz como foi. “Fiquei realmente deslumbrado com a intervenção que foi feita, foi uma ação concertada de todos, e onde os sapadores me surpreenderam pela positiva, fizeram um grande trabalho, a par dos bombeiros”, afirmou Alexandrino.