O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital aproveitou a visita do Primeiro Ministro, António Costa, ao vizinho concelho de Seia, para reivindicar a melhoria das Estradas Nacionais 230 e 17, assim como a construção do IC6.
António Costa esteve, no passado dia 22 de novembro, em Vide, a participar numa homenagem a Almeida Santos. Com o congénere de Seia, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital apelou à melhoria daqueles acessos que servem os dois concelhos. Partiu, porém, de José Carlos Alexandrino a iniciativa de entregar ao líder do governo “um documento reivindicativo sobre as deficientes condições de circulação rodoviária que se verificam na EN 17 e EN 230 – duas estradas nacionais a exigir uma intervenção urgente em face do seu avançado estado de degradação – e a conclusão do IC 6”.
José Carlos Alexandrino solicitou “mais uma vez ao governo, com caráter de urgência, que se encontrem rapidamente soluções para resolver os constrangimentos rodoviários que afetam Oliveira do Hospital e toda esta região.” O autarca garante que estará “sempre na linha da frente – independentemente da cor política do Governo – na luta pela resolução dos problemas rodoviários que, desde há longos anos, vêm defraudando as perspetivas de desenvolvimento deste território”.
“EN17: Uma Vergonha Nacional”
O encontro dos autarcas de Oliveira do Hospital e Seia com António Costa acontece numa altura em que os acessos aos dois concelhos atinge elevados níveis de degradação com as Estradas Nacionais 17 e 230 a revelarem-se quase intransitáveis e a constituírem perigo à circulação rodoviária. Numa publicação na rede social facebook, a EN 17 chega mesmo a ser considerada “Vergonha Nacional”, no troço que atravessa Oliveira do Hospital.
Há muito tempo que o arranjo da conhecida Estrada da Beira vem sendo reclamado pelos responsáveis locais e populares. Refira-se que em dezembro de 2015, a Infra estruturas de Portugal anunciou adjudicação da obra de requalificação da EN 17 entre o Nó de Tábua e o limite do distrito Coimbra/Guarda, numa extensão total de cerca de 17 quilómetros, num investimento superior a dois milhões de Euros e um prazo de execução de 270 dias. Referia a Infra estruturas de Portugal que a concretização da obra iria “melhorar de forma significativa as condições de circulação e segurança para os automobilistas que diariamente utilizam a EN17”.
Volvido quase um ano desde aquele anúncio, a obra não se concretizou e a Estrada da Beira continua cada vez mais degradada. “Um batatal” assim já lhe chamou Luís Lagos, deputado do CDS-PP na Assembleia Municipal, considerando mesmo que é preciso “passar das palavras aos atos”. José Carlos Alexandrino (PS), presidente da Câmara Municipal, admite endurecer a luta pela concretização desta obra. Rafael Costa, do PSD, desafiou mesmo os oliveirenses a entupirem as caixas de correio das Infra estruturas de Portugal com fotos do estado da via.