José Carlos Alexandrino volta a acusar a AZC de falta de manutenção das ETAR´s do concelho de Oliveira do Hospital.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital voltou a mostrar o seu descontentamento com a falta de manutenção das Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’s) do concelho e admitiu mesmo avançar com um pedido de indemnização à empresa multimunicipal Águas do Zêzere e Côa tendo em conta o serviço “vergonhoso” que esta tem vindo a prestar ao Município na área do saneamento.
“Estamos a pagar as faturas e temos um serviço de péssima qualidade”, afirmou José Carlos Alexandrino, naquela que foi a última reunião pública do executivo camarário antes das eleições de 29 deste mês. Agastado com as sucessivas queixas dos munícipes relacionadas com maus cheiros provenientes das várias ETAR´s que estão sob a alçada da AZC, o autarca adiantou que a última tentativa para resolver o problema e que até já propôs à empresa, é a Câmara Municipal substituir-se à AZC na prestação deste serviço. “Já propus que o valor que pagam à empresa que faz a manutenção das ETAR’s que seja pago à Câmara, porque com os nossos funcionários temos menos problemas”, fez notar o edil, lamentando uma vez mais a “vergonha” que se passa com as Estações de Tratamentos de esgotos no concelho. “Nós passámos lá e vê-se que os portões estão fechados, que não há qualquer manutenção”, observou, acusando os responsáveis da AZC de fazerem “ouvidos de mercador” às reclamações da autarquia. “Continuamos a ter muitos problemas e, apesar de já ter falado várias vezes com a AZC, não vemos melhorias nenhumas”, conta Alexandrino, julgando que a situação, nalguns casos, chega a ser pior do que quando havia fossas. “temos relatórios com fotografias que mostram que isto está miserável”, afirmou, reforçando o facto do Município oliveirense estar a pagar um serviço “caríssimo” para ser “mal executado”.
Só a última fatura foram cerca 90 mil euros de saneamento, o que leva o autarca a equacionar um pedido de indemnização à empresa, uma vez que deixar de pagar as faturas, como de resto já tinha ameaçado, “não é solução”. “Há um descontentamento das pessoas, as queixas são consecutivas e o problema é que a resolução disto não está nas nossas mãos”, referiu o autarca, pronto para avançar para os tribunais, caso a AZC não esteja aberta a aceitar a proposta da Câmara de Oliveira para começar a fazer a manutenção das ETAR´s. “Caso não adiram à nossa proposta vamos pedir uma indemnização por serviços mal prestados” garante Alexandrino, sem poupar críticas à empresa que faz a gestão das ETAR’s no concelho.