O corpo que foi encontrado na passada terça-feira em avançado estado de decomposição num local isolado da aldeia de Fontão, freguesia de Mouronho, Tábua, já terá sido identificado por familiares.
O cadáver tinha sido descoberto ocasionalmente pelo presidente da Junta de Freguesia e pelo secretário que se tinham deslocado ao local, uma zona segundo relataram ao nosso jornal de muito difícil acesso, para verificarem os trabalhos de limpeza das margens do rio Alva que tinham sido executados, nos últimos meses, na freguesia.
Perante o cenário de “terror” com que se deparavam, uma vez terem-se logo apercebido que se tratava de um cadáver humano, os autarcas comunicaram de imediato às autoridades que levantaram pouco mais que algumas ossadas e peças de roupa que ainda se encontravam junto ao corpo.
Segundo avançou ontem o jornal A Comarca de Arganil, o cadáver poderá ser de uma jovem de 22 anos residente em Sobreira, Paradela da Cortiça, concelho de Penacova, que se encontrava desaparecida desde julho. Fontes próximas da família ouvidas por aquele jornal terão confirmado que as roupas encontradas pelas autoridades pertenciam a Andreia, e que já era habitual a jovem fugir de casa, alegadamente atraída por contactos feitos através das redes sociais. A jovem ter-se-á deslocado desde a sua residência até Arganil, onde foi vista pela última vez, e a partir desse momento o telemóvel terá também sido desligado. Desde julho que se encontrava desaparecida, apesar das buscas efetuadas na altura para tentar descobrir o seu paradeiro.
Esta terça-feira, quando nada o fazia prever os presidente e secretário da Junta de Freguesia de Mouronho, deparam-se com o pouco que restava do corpo da suposta jovem, numa quinta que é propriedade de um casal inglês que se encontra a maior parte do ano no país de origem, vindo só a Portugal passar algumas temporadas. Em declarações ao nosso jornal, António Gouveia, afirmava, por isso, não ter qualquer suspeita do que terá acontecido, uma vez que não havia ninguém desaparecido na freguesia, nem existia qualquer indício de outro tipo de ocorrência. O corpo foi, contudo, encontrado num local improvável para quem quer passear ou fazer algum tipo de atividade de lazer, sendo descrito como uma zona inóspita e perigosa.
Foto: Comarca de Arganil