Projeto “Biblioteca no Largo” arrancou, no passado dia 4, no lugar de Parceiro, freguesia de S. Gião.
A Unidade Móvel de Saúde que há seis anos vem prestando cuidados de saúde básicos aos utentes das freguesias mais afastadas da sede de concelho, começou esta terça-feira a prestar um novo serviço às populações. Trata-se de “um outro tipo de saúde” como explicou a vereadora da Educação e da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e consiste em proporcionar às pessoas das aldeias mais recônditas e que dificilmente se deslocam à cidade, o acesso a livros, revistas e jornais, contribuindo desta forma para a melhoria da sua qualidade de vida.
O projeto “Biblioteca no Largo”, implementado através das bibliotecas públicas municipais, foi apresentado simbolicamente, esta terça-feira, dia 4, na aldeia de Parceiro, freguesia de São Gião, que foi uma das localidades mais fustigadas pelo incêndio de 15 de outubro.
A ideia de apresentar o projeto nesta povoação, onde morreram duas idosas nos trágicos incêndios do ano passado “tem esta carga simbólica”, acrescentou a vereadora, fazendo notar que “estas coisas simples podem fazer uma grande diferença” na solidariedade com as populações afetadas pelos incêndios e pelo isolamento. “A cultura também quer chegar a este público”, sublinhou, anunciando a chegada da leitura às populações mais isoladas através da Unidade Móvel de Saúde, que a partir de agora, além de cuidados de saúde disponibiliza também revistas e jornais aos utentes de forma a “passarem melhor o seu tempo enquanto esperam” pelo atendimento.
“Com este projeto, queremos ajudar as pessoas a terem melhor qualidade de vida”, afirmou Graça Silva, assegurando ainda a possibilidade de requisitarem pelo menos um livro em cada quinzena.
A Unidade Móvel de Saúde, a funcionar ao abrigo de uma parceria da autarquia com a Fundação Aurélio Amaro Diniz, proprietária de um hospital privado em Oliveira do Hospital, vai levar o novo serviço de leitura a cerca de 25 povoações que, com esta solução, já eram contempladas ao nível dos cuidados de saúde primários, desde finais de 2012.