A vítima, de 63 anos de idade, residente em Vila Chã, Tábua, regressava da casa de familiares em Meruge quando terá perdido o controlo do veículo perto da meia noite.
Um acidente com contornos trágicos resultou, a noite passada, numa vítima mortal, uma mulher de 63 anos de idade residente em Vila Chã, freguesia de Covas, concelho de Tábua, que acabou por falecer carbonizada na sequência de um despiste com a viatura em que seguia, enquanto regressava da casa de uns familiares em Meruge, concelho de Oliveira do Hospital.
O acidente deu-se por volta da meia noite, na estrada Nogueirinha – Lagos da Beira, e no veículo, um seat Ibiza a GPL, seguia ainda outra ocupante, uma mulher com cerca de 60 anos de idade, que, segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, saiu ilesa, apenas “afetada psicologicamente”.
A condutora, Aida Fonseca, terá perdido o controlo da viatura à saída de uma curva, tendo entrado numa zona de pinhal e embatido frontalmente num cepo, o que fez com que o carro entrasse em combustão. Emídio Camacho relata que quando chegaram ao local do acidente, os bombeiros depararam-se já com “uma viatura com uma vítima no seu interior totalmente tomada pelas chamas” pelo que o trabalho dos seus homens no terreno foi sobretudo de “arrefecimento da viatura e retirada do corpo do seu interior”, uma vez que “já não havia nada a fazer”. “Foi difícil chegar perto da viatura porque ocorreram várias explosões consecutivas e tivemos de fugir por diversas vezes”, descreve o comandante, acreditando que o facto da viatura funcionar a gás, neste caso, foi fatal.
Uma tragédia que só não foi maior para a segunda ocupante uma vez que “segundo indicações no local, foi retirada por uma pessoa que passava na estrada naquele momento, e que acorreu em auxilio dessa pessoa, conseguindo partir o vidro e retirá-la para o exterior sem ferimentos nenhuns”, adiantou ao nosso jornal o comandante dos BVOH, para quem foram notórios os esforços da condutora para tentar salvar a vida. “Verificou-se que ela tentou a fuga, porque estava deitada entre o banco da frente e o banco de trás, o que quer dizer que ainda se terá conseguido libertar do cinto de segurança, e quem está cá fora diz que ela ainda arrancou o encosto da cabeça, mas já não foi a tempo”, constata Emídio Camacho, não escondendo que este tipo de ocorrências com queimados são “terríveis”, não deixando ninguém indiferente.
Ainda segundo o relato do comandante dos bombeiros oliveirenses, o despiste ter-se-á dado numa altura em que a condutora limpava o para brisas do carro, tendo perdido de repente a visibilidadeda estrada. Apesar de nos últimos dias as condições de circulação nesta estrada apelarem a alguma precaução devido à existência de gelo, Emídio Camacho garante que na noite de anteontem “não foi detetado gelo nenhum ”.
Já o presidente da Junta de Meruge, Aníbal Correia, confirmou ao nosso jornal a colocação de sal na via para derreter o gelo, durante o fim de semana, o que voltou a verificar-se ontem de manhã, por parte dos serviços camarários. Entretanto devido à formação de gelo nalguns troços foi também colocada, nas últimas semanas,sinalização em vários pontos “negros” da estrada a chamar a atenção dos automobilistas para o perigo de acidente.