Reunião em Seia serviu para concertar posições relativamente a uma reivindicação que já tem quase três décadas.
Deputados do Partido Socialista dos distritos de Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco apelaram, esta segunda feira, ao Governo para parar com a “injustiça” que está a ser feita com esta região em matéria de acessibilidades rodoviárias e inclua os chamados IC’s da Serra da Estrela (IC6, IC7 e IC37) no plano de investimentos que acaba de priorizar para o quadro 2014/20.
Os deputados reuniram em Seia com autarcas e representantes das várias estruturas do partido na região, deslocando-se depois até ao términus do IC6, numa zona de pinhal situada no limite do concelho de Tábua com Oliveira do Hospital, onde manifestaram a sua total solidariedade com uma região que espera há anos e anos pela concretização destas infra estruturas. “Aquilo que está a ser feito é uma injustiça para com esta região”, considerou o deputado e ex secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, responsável pela construção do último troço do IC6, aproveitando para anunciar de que irá ser apresentado um projeto de resolução à Assembleia da República a recomendar a imediata inclusão daquelas infra estruturas no plano de investimentos do Governo.
No encontro de Seia ficou ainda decidida a marcação de um seminário para o dia 8 de março, que irá juntar representantes dos diferentes municípios, nomeadamente empresários com vocação exportadora, encontro para o qual será endereçado o convite às Estradas de Portugal, a fim de se pronunciar relativamente aos inúmeros estudos que já publicou e que indicam estes itinerários como sendo absolutamente indispensáveis para a região.
“Entendemos que são infra estruturas de elevado valor acrescentado coisa que agora foi renegada no estudo que o Governo acaba de publicar”, afirmou Paulo Campos, lamentando que agora que estavam reunidas as condições para estes investimentos avançarem, venham “retirar a esperança de que estes possam ser construídos nos próximos anos”. “Aquilo que nós deixamos aqui é um apelo e uma voz forte para que o Governo pare com esta injustiça que provoca desconforto a todos nós”, referiu o deputado, julgando que bastaria olhar para os números da sinistralidade da Nacional 17 nos últimos anos – que totaliza 48 mortos em 16 anos – para avaliar da prioridade deste investimento. (leia mais na edição impressa)