Escola Profissional de Oliveira do Hospital e Tábua assinalou 21 anos.
Sem colocar de lado a “alma” da escola que são os seus cursos profissionais, a Eptoliva está cada vez mais voltada para a formação de adultos e quadros ativos da região. A garantia voltou a ser deixada pelos seus diretores, durante a sessão comemorativa do 21º aniversário, que decorreu na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
Artur Abreu, presidente da entidade gestora da Eptoliva, lembrou que depois de um percurso de mais de 20 anos marcado pela aposta nos cursos profissionais, “a escola tem-se deparado com alguns problemas” que “levam esta nova direção a preconizar uma nova via para a Eptoliva”. Dificuldades que se prendem sobretudo com a retração demográfica que se assiste nesta região e também com as necessidades de rever o paradigma de formação existente até aqui. “Não abandonando os cursos profissionais quisemos que a Eptoliva iniciasse um percurso como entidade formadora, indo ao encontro das necessidades formativas da região”, afirmou o presidente da Adeptoliva, destacando todavia o “sucesso” alcançado este ano letivo ao nível dos cursos profissionais, com a entrada de 100 novos alunos, possibilitando o retomar do ensino profissional em Tábua. Há no entanto, “outros caminhos que a escola está a seguir”, assumindo-se como uma entidade formadora de “banda larga”, referiu Artur Abreu, dando conta do regresso da Eptoliva ao Município de Arganil, não através de cursos profissionais, mas com formação dirigida à população ativa.
Uma vocação que o diretor executivo da escola, Joel Vasconcelos, justifica com a necessidade da Eptoliva diversificar a sua oferta formativa de forma a assegurar a sua “sobrevivência”, mas também porque “o mercado assim o exige”. Pela primeira vez, a escola profissional concorreu a um pacote de 12 mil horas de formação e foi aprovado, o que, segundo o diretor, vai abrir a escola a novos públicos, como desempregados e quadros ativos das empresas, que poderão “requalificar-se” do ponto de vista profissional sem qualquer custo.
A par desta novidade, a Eptoliva anunciou ainda um projeto em parceria com as Juntas de Freguesia para formação de “info excluídos ” e o lançamento de um cartão “Eptoliva” que permite, numa primeira fase, à comunidade educativa da escola e respetivos parceiros, a obtenção de descontos nas compras efetuadas no comércio local.
Alexandrino quer futuro da escola profissional “a quatro”
Aproveitando a posição concertada dos quatro presidentes de Câmara da Beira Serra em relação ao futuro desta sub região e dos seus projetos de desenvolvimento, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital entende que também a escola profissional – Eptoliva deve ser assumida como uma entidade da região e para servir a região. “Não podemos querer tudo cada um para o seu concelho, porque nós somos peritos em falar em união, mas quando chega a hora da verdade cada um vê por onde pode tirar ao outro”, afirmou José Carlos Alexandrino, dando a entender que também ao nível do ensino e da formação profissional, a unidade torna a região mais forte. “Há um esforço conjunto entre todos os presidentes de Câmara no sentido do próximo quadro comunitário ser discutido em termos de região e menos individualmente”, garante o edil, lembrando que a “união” alcançada no último congresso da Beira Serra é para seguir em frente com novas formas de trabalhar “a quatro”.