Alexandrino combate “mentiras” sobre encerramento de serviços na freguesia.
Foi num tom claramente crispado que o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital se defendeu em Travanca de Lagos, das “muitas mentiras que alguns fomentam” contra o seu executivo, nomeadamente contra aquilo que tem sido o trabalho realizado na freguesia.
José Carlos Alexandrino falava durante mais uma iniciativa “Estamos a Construir o Futuro”, que ao longo do atual mandato tem percorrido as várias freguesias do concelho, com o objetivo de “prestar contas” às populações, relativamente aquilo que entretanto foram as “promessas” feitas ainda em campanha eleitoral. Com novas eleições autárquicas no horizonte, o autarca aproveitou para dar conta dos investimentos e apoios às coletividades da freguesia de Travanca, que desde 2010 totalizam já 500 mil euros. Uma verba que chegou, em grande parte, à freguesia através da medida de descentralização de competências iniciada pelo seu executivo, e que mereceu também por parte do presidente da Junta, rasgados elogios, sobretudo por se tratar de um apoio reforçado, em tempo de “vacas magras”.
Elogios que, pelos vistos, contrastam com as “mentiras” que, segundo o presidente da Câmara, “alguns apregoam nas ruas e nos cafés”sobre o encerramento do lar de idosos, culpando-o dessa situação. Para que não restassem dúvidas à população, Alexandrino distribuiu o ofício da Segurança Social, onde está explicito que aquele espaço não reunia condições para se manter em funcionamento, provando assim que “afinal quem encerrou o lar” de Travanca foi a Segurança Social e não a Câmara de Oliveira. “Pena é que quando havia dinheiro dos fundos comunitários tivessem deixado passar o tempo, e não os aproveitassem para o remodelar”, lamentou o edil, que confessou ainda não ter perdido a esperança de voltar a abrir aquele equipamento e de preferência com serviços na área da saúde. Alexandrino deu a entender que o ideal para aquele espaço seria uma Unidade de Cuidados Continuados, uma valência presente em praticamente todos os concelhos vizinhos, mas que até agora tem sido “recusada” a Oliveira.
Também a remodelação da antiga escola do primeiro ciclo para albergar professores e investigadores ligados à BLC3 tem sido alvo de “mentiras”, segundo o autarca, que aproveita para descansar os travancenses de que “não são ladrões que ali moram, mas professores doutores que trabalham na BLC3”. Alexandrino referiu-se ainda ao caso da creche da freguesia, que também deixou de ser camarária para passar a funcionar dentro de uma IPSS, uma vez que “esta estrutura custava 160 mil euros por mês à Câmara Municipal”, o que não era sustentável, segundo a autarquia. Ainda assim a creche manteve-se em Travanca, como aliás, se prevê se mantenha a escola do primeiro ciclo. “Luto muito para que esta escola não seja extinta, porque dá vida a Travanca”, sustentou o edil, que no meio de tanta “contra informação”, deixou uma boa notícia, garantindo a passagem pela freguesia da etapa rainha da Volta a Portugal em Bicicleta – entre Oliveira do Hospital e a Torre, no dia 16 de agosto. “Alguns vão dizer que é mais uma festa, mas eu gosto de fazer festas bem feitas e esta atravessará o nosso concelho praticamente todo”, anunciou Alexandrino, que recebeu o apoio explicito do atual presidente da Junta, António Santos, que apesar de eleito há quatro anos pelo PSD, não hesitou em apelar à “confiança”num presidente de Câmara que “não se tem esquecido de Travanca”.