Fábrica de confeções parou laboração a semana passada.
Mais de uma semana depois de terem avançado com a suspensão dos contratos de trabalho, as mais de 30 trabalhadoras da empresa de confeções Textursymbol, na Catraia de S. Paio, mantém-se em vigília às portas da fábrica. Embora já tenham visto garantido o acesso ao subsídio de desemprego, as trabalhadoras alegam estar a lutar pelos seus direitos, nomeadamente pelo pagamento dos salários em atraso, uma vez que dizem ter suspeitas da retirada de máquinas e equipamentos das instalações da empresa.
Depois de uma reunião no final da semana passada entre o representante da empresa, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil do Centro e o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital na tentativa de assegurarem os direitos dos trabalhadores, as cerca de 30 colaboradoras mantêm-se de “pedra e cal” às portas da fábrica, mantendo-se no local “noite e dia” para tentar impedir a saída de património da empresa. “Hoje viemos tristes porque gostaríamos de ver a situação resolvida e não conseguimos qualquer garantia da parte da entidade patronal relativamente aos direitos das trabalhadoras”, relata a dirigente do Sindicato dos Têxteis do Centro, Fátima Carvalho, que louva a capacidade de luta destas mulheres – uma vez que são só costureiras que ali trabalhavam – que uma semana depois de terem parado a laboração, continuam “ali noite e dia a defender os seus direitos”. “Se houvesse cooperação de todos não era preciso estarem ali a sofrer daquela maneira”, refere a dirigente sindical, lamentando que a entidade patronal se recuse a dar garantias reais, ou seja, por escrito, de que não irá retirar qualquer equipamento do interior da fábrica. “Nós pedimos à administração um relatório do património existente na empresa e não nos foi disponibilizado”, adianta Fátima Carvalho que, entretanto, tem agendada uma nova reunião com o representante da empresa na próxima segunda-feira. (leia mais na edição impressa)