Instituição preparou vasto programa comemorativo a partir do próximo mês de março.
A Fundação Sarah Beirão preparou um vasto programa comemorativo com vista a assinalar os 50 anos de existência da instituição, que vai arrancar já em março com as primeiras iniciativas, prolongando-se até ao final do ano.
O programa de festas foi apresentado pelo conselho de administração da Fundação, que aproveitou a ocasião para dar nota dos novos projetos da instituição, nomeadamente a reconstrução do solar da quinta legada pela prestigiada escritora tabuense para hotel de luxo e ainda o projeto de construção da casa de chá que será acompanhado de uma área de plantação de chás e plantas aromáticas para fins pedagógicos.
Aproveitando a chegada da primavera e as comemorações ligadas ao dia da árvore e da floresta, a Fundação decidiu arrancar precisamente em março com a primeira de muitas atividades inseridas nas comemorações do 50º aniversário, prevendo reflorestar uma área de mais de 40 hectares na envolvente à instituição com espécies autóctones e de baixa combustão, substituindo assim os pinheiros que estão a ficar doentes naquela zona.
Um dos pontos altos das comemorações deverá ter lugar em julho, mês em que habitualmente a instituição comemora o aniversário da fundadora, com a reedição das primeiras três obras da escritora que terá editado pelo menos dezoito livros.
Em setembro é altura também de repetir o êxito da já célebre caminhada organizada pela Fundação, que deverá anteceder uma outra iniciativa destinada à faixa etária correspondente aos utentes do lar da instituição, que são as olimpíadas seniores.
Vítor Cunha Velho, presidente da Fundação Sarah Beirão, garante que esta atividade tem como objetivo envolver não só os utentes da instituição como todos os utentes de instituições congéneres da região que se queiram associar na realização de alguns jogos tradicionais “adaptados à idade”. “Pretendemos ir ao encontro daquilo que é uma das nossas preocupações com os idosos que é o seu envelhecimento ativo e a melhoria da sua qualidade de vida. A ideia é tornar os nossos idosos mais ativos de forma a que o seu envelhecimento seja o mais saudável possível”, sublinhou aquele responsável, que irá centrar também o tema do 2º Congresso da Fundação neste tema do envelhecimento ativo.
Nove meses depois, na reta final das comemorações em dezembro, irá ainda nascer a mascote da instituição, que é nada mais nada menos que a figura de um desportista sénior – o “Agostinho” assim foi batizado em homenagem ao “idoso mais idoso” – mais uma vez, com o claro objetivo de enfatizar a importância que a instituição atribui à pró-atividade dos seus utentes.
Novos projetos a caminho
Enquanto comemora meio século de vida, a Fundação Sarah Beirão garante que outros projetos “promotores do envelhecimento ativo” não estão esquecidos. É o caso, segundo Vítor Cunha Velho, da ampliação do atual edifício, de molde a acolher um “grande centro de convívio”, mas também do projeto de construção da casa de chá e campo de cultivo didático para plantação de chás e plantas aromáticas, que ao mesmo tempo que tem como destinatários o público escolar, pretende também envolver os idosos, “obviamente aqueles que quiserem e poderem”, na sua manutenção.
Outro “sonho” que o atual conselho de administração espera tornar “realidade” muito em breve é ainda o restauro do solar da quinta onde viveu Sarah Beirão, que pretendem transformar numa unidade hoteleira de luxo, destinada essencialmente a receber escritores e pessoas das artes e da cultura de todo o mundo. “É o regresso às origens da casa” lembrou o presidente, que com este projeto pretende atrair uma elite cultural a este espaço e ao concelho de Tábua, em homenagem também à sua fundadora.