Crédito Agrícola reuniu empresários e representantes de diversas instituições concelhias num seminário onde o processo de fusão da Caixa de Oliveira com a sua congénere da Beira Centro foi assumido como uma “forte possibilidade”.
O Crédito Agrícola de Oliveira do Hospital reuniu este sábado, no seu auditório, empresários dos vários setores de atividade e ainda representantes de diversas instituições concelhias, durante um seminário onde foi dado destaque ao posicionamento de mercado e à estratégia de crescimento deste banco com “pronúncia local”. Um encontro que juntou à mesma mesa os homens fortes desta instituição financeira, quer a nível local, quer a nível central, tendo marcado presença o presidente do Conselho de Administração da Caixa Central do Crédito Agrícola, Licínio Pina, e ainda os presidentes do Conselho Geral de Supervisão da Caixa Central e da CA Seguros.
Uma iniciativa que acontece precisamente num momento em que “a CCAM de Oliveira do Hospital entra numa trajetória de maior estabilidade e solidez da sua imagem”, depois de “um aturado trabalho na área da gestão” como foi sublinhado por Armando Lopes Alves, do conselho de administração provisório desta caixa. “É hoje possível dizer que ela se encontra de melhor saúde, muito embora sinta ser necessário reforçar a sua estrutura de capital para poder oferecer resposta mais substancial no apoio creditício a todos aqueles que precisam de desenvolver projetos já instalados ou aqueles que denotam capacidade de inovar e investir em novas empresas e novos mercados”, afirmou o administrador nomeado da CCAM de Oliveira do Hospital, não escondendo que o caminho para reforçar a capacidade interventiva desta Caixa é a fusão com a sua congénere da Beira Centro. “Continua a perfilar-se como projeto de grande interesse e alta importância para as gentes da Beira Serra, a forte possibilidade de levar a cabo uma fusão entre as duas caixas, aumentando-se por esta via a componente de capital e o reforço da capacidade interventiva no mercado para apoio financeiro a particulares e empresas”, afirmou aquele administrador, realçando o crescimento da quota de mercado por parte da CCAM, face a outras instituições de crédito instaladas no concelho, o que evidencia, claramente, que hoje esta “é procurada por uma significativa massa de oliveirenses, residentes e não residentes que nela acreditam”.
A acrescentar a estes dados, Armando Lopes referiu ainda que “outro indicador importante” traduz-se no conjunto de salários processados mensalmente junto da CCAM e que somam atualmente os cerca de 800 mil de euros, num total de mais de mil transferências. Números que levam o administrador delegado a concluir que este é cada vez mais “o banco de todos os oliveirenses”, sendo o único no seu entender que “capta os recursos no concelho e os aplica no seu desenvolvimento económico e social, ajudando à criação de riqueza, à manutenção e aumento do emprego e ainda à geração de impostos que revertem numa significativa maioria para o Município”.
Também o presidente da Assembleia Geral da CCAM, e reeleito presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, se mostrou favorável a uma fusão entre a CA de Oliveira e a Beira Centro, na medida em que permitia à instituição bancária ganhar escala e dimensão, o que “beneficiaria os senhores empresários”. “Sou a favor dessa fusão e estou disponível para trabalhar esse processo na defesa dos interesses de Oliveira do Hospital e desta região”, afirmou o autarca e dirigente da CA, acreditando que esta aliança tornaria “o banco ainda mais competitivo e mais forte no apoio aos nossos empresários”. “Os tempos mudaram e parece-me que todos temos a ganhar com esta fusão”, sublinhou ainda o edil, ao mesmo tempo que apelava à administração para abrir o crédito a novos projetos que possam surgir ao nível das exportações, pois “há casos de grande sucesso em Oliveira do Hospital”.
“Queremos ser o melhor banco a operar em Oliveira do Hospital”
Numa alusão ao tema do seminário que juntou este sábado em Oliveira do Hospital uma parte significativa do tecido empresarial do concelho, o presidente do Conselho de Administração da Caixa Central, Licínio Pina, não teve dúvidas em afirmar que a instituição financeira que representa é de facto “o verdadeiro motor do desenvolvimento e do crescimento local”. Um motor que, apesar de fazer girar a economia em mais de 290 municípios do país, quer acelerar ainda mais o ritmo de crescimento, de modo a fazer das Caixas “os melhores bancos a operar nos seus mercados”. Oliveira do Hospital não é exceção, pois apesar de se encontrarem aqui instaladas sete instituições bancárias “o Credito Agrícola quer ser o melhor banco a operar no concelho”, afirmou.
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Um desígnio assumido pelo mais alto dirigente do grupo CA, tendo em conta, sobretudo, aquilo que são os indicadores apresentados por este banco quando comparados com o resto do sistema bancário. “Num contexto de crise financeira e económica, o CA apresenta dos melhores indicadores e rácios do sistema bancário português”, garantiu, ao mesmo tempo que avançava com alguns números que provam “a solidez” do Grupo, atualmente com uma rede de cerca de 700 balcões a nível nacional. “Temos uma presença pulverizada a nível nacional, não somos um banco litoralizado, viemos da província para o litoral”, referiu o presidente da Caixa Central, destacando o papel de “proximidade” desta banca, a única, de resto, “presente em muitas localidades do país”.
“Um bom exemplo de banca de proximidade é Oliveira do Hospital, onde o Crédito Agrícola tem quatro agências, mais nenhum banco está presente em três das localidades onde nós estamos”, afirmou o engenheiro natural de Seia, que atualmente preside ao grupo CA, para quem o apoio prestado aos clientes “vai muito para além do serviço bancário”. Realçou ainda o facto do CA ser um banco que, atualmente, vai muito além do apoio ao setor primário, disponibilizando uma oferta de produtos “universal”, capaz de responder “a qualquer empresa de qualquer setor de atividade”.
Crédito Agrícola atribui prémios “excelência” a 10 empresas oliveirenses
Uma distinção que o Conselho de Administração Provisório justifica precisamente pela relação de “excelência” mantida ao longo dos anos entre essas empresas e a CCAM de Oliveira do Hospital. Os prémios foram atribuídos por setor de atividade, cabendo ao Município oliveirense receber o prémio excelência no setor autárquico, seguindo-se a FAAD no setor da saúde, a Santa Casa da Misericórdia de Galizes na área social, os Bombeiros de Lagares da Beira na atividade humanitária, e a Cooperativa Agro Pecuária da Beira Central no setor cooperativo.
Foram ainda premiadas as empresas Davion no ramo das confeções de vestuário, as Construções Irmãos Peres e nos laticínios a Estrela Artesanal. Para além destas distinções, o CA atribuiu também um prémio “Excelência” à BLC3, pela excelência dos projetos que está a prosseguir no concelho de Oliveira do Hospital, podendo guindar o concelho para “um patamar de grande relevo no cenário económico a nível nacional”.