A Juventude Comunista de Oliveira do Hospital contesta o processo que leva à inclusão de um projeto da autoria dos jovens oliveirenses no Orçamento Municipal.
Num comunicado enviado à imprensa, a JCP até louva esta iniciativa anual da Câmara Municipal designada de “Orçamento Participativo Jovem”, mas garante que, na prática, a ideia “acaba por gerar expectativas”, ficando-se “por um simulacro de um verdadeiro concurso de ideias jovens para intervir nas atividades do Município”.
A principal critica daquela juventude partidária tem a ver com o teto máximo reservado para esta iniciativa – 25 mil euros, o que no seu entender “é muito pouco”, dando apenas para pequenas intervenções como “fazer umas casas-de-banho e uns grelhadores num qualquer parque carenciado”. “Por exemplo, um dos projetos apresentados pela JCP foi para a requalificação do Parque dos Marmelos com aproveitamento multiusos. Foi chumbado porque ultrapassava o limite dos 25 mil euros”, fazem notar, lamentando que aquele espaço de lazer continue fechado a cadeado, “até o Executivo Municipal conseguir ver além de 25 mil de euros”, afinal, “metade daquilo que já gastou numa etapa da Volta de Portugal”, referem.
No entender da Juventude Comunista falha ainda a motivação para os jovens participarem nesta iniciativa. “Não há divulgação capaz, atrativa. A organização está viciada – são sempre os mesmos”, denunciam, lembrando que o processo de escolha dos projetos seja “mais uma forma de afastar os jovens da iniciativa”. Aliás, “a conceção inicial está desadequada. Há um regulamento impossível de cumprir”, acrescenta a JCP que defende a realização de um “ concurso de ideias” a “ter de ser obrigatório apresentar projetos”. “O ter de se apresentar um projeto, logo no início, é um ato discriminatório. Afinal quem tem conhecimentos específicos ou um “gabinete” para organizar projetos?” questionam, julgando que este processo de participação “aprisiona a imaginação” dos jovens e o seu contributo para esta iniciativa.