Rui Rio visitou empresa que foi totalmente destruída pelo grande incêndio de outubro.
O presidente da Comissão Política Nacional do PSD voltou a visitar a região afetada pelo incêndio de 15 de outubro. No concelho de Oliveira do Hospital, Rui visitou o que resta da empresa J. Guerra, onde também ouviu as queixas de outros lesados. No imediato, constatou que é “mentira” quando o governo diz que “está tudo bem”, porque acabou por verificar que “está tudo mal”.
“Não consigo compreender como é que os serviços públicos não são sensíveis, não são eficazes no apoio e, acima de tudo, desculpam-se porque o prazo acabou ou porque se altera o regulamento. Isso são coisas laterais em relação ao que está em causa”, afirmou Rui Rio. O líder nacional do PSD considerou, por isso, ser “uma mentira” quando o Governo diz que “está tudo bem, quando está tudo mal”. Para Rui Rio, mais do que uma postura política, está em causa uma “postura na vida”, pelo que a atribuição dos apoios, “não é só um direito por lei, por regulamento, é um direito ético, um direito moral, acima de tudo”.
Em Oliveira do Hospital, Rui Rio, não deixou de considerar que, pese embora a “pouca folga” orçamental, este é um caso extraordinário, razão por que se “torna necessária uma dotação orçamental para as populações afetadas.
“Não sendo governo”, o PSD “alerta a opinião pública e através do grupo parlamentar pretende não deixar esquecer o apoio às pessoas”, referiu Rui Rio.
No dia em que reabriu os portões das antigas instalações da empresa para a visita de Rui Rio, Paulo Guerra, um dos gerentes da Unidade J. Guerra, lamentou a escassez dos apoios, para fazer face à dimensão do prejuízo de 15 milhões de Euros que foi registado. A empresa que era líder de mercado no setor da sirgaria e passamanaria está a produzir “na casa dos 20 por cento”.
Fernando Tavares Pereira, presidente do Movimento de Apoio às Vítimas do Incêndio de Midões (MAAVIM) disse ter conhecimento de “milhares de casos” que terão ficado de fora das ajudas do Estado. O conhecido empresário apelou a Rui Rio para que ajude os lesados do incêndio de outubro, no sentido de beneficiarem de tratamento igual, porque também “são portugueses”.
Esta foi a segunda vez, no período de dois meses, que Rui Rio visitou o concelho de Oliveira do Hospital. No passado dia 7 de maio, de visita à Carpintaria Brito & Brito e à exploração agrícola e queijaria de Paulo Rogério, disse ter encontrado por cá “uma realidade pior do que estava à espera”.