Comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital afirma que tudo leva a crer que tenha sido fogo posto
114 homens apoiados por 28 veículos terrestres e três meios aéreos combateram ontem um incêndio na zona das Quintas de S. Pedro, freguesia de Penalva de Alva, que consumiu dois hectares de mato e pinhal.
O incêndio deflagrou por volta das 15 horas, e foi logo prontamente atacado por meios aéreos, bombeiros e sapadores florestais que evitaram que o fogo ganhasse maiores proporções, numa área que é considerada de alto risco no concelho oliveirense. As temperaturas elevadas aliadas aos ventos fortes que se faziam sentir no local, bem como o declive acentuado do terreno, foram os principais inimigos dos operacionais no terreno, que falam mesmo numa “intervenção musculada” dos meios disponíveis, evitando que o cenário vivido há seis anos atrás naquela zona, em que as chamas consumiram uma vasta área de mato e pinhal, se repetisse.
“Houve uma forte mobilização de meios, porque senão o fogo tinha progredido de outra forma”, garante o comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, Emídio Camacho, acreditando que as chamas só não evoluíram de forma descontrolada devido à prontidão com que os meios chegaram ao local. “Foi uma intervenção musculada de meios aéreos e terrestres” frisa o comandante, lembrando que esta é umas das zonas do concelho oliveirense com maior risco de incêndio, “devido à exposição e aglomeração de combustível, e ao relevo acentuado do terreno que faz com que o fogo evolua rapidamente”.
Para esta pronta intervenção pesou o facto dos meios de combate na região “estarem todos parados”, até porque “há ali zonas que se as chamas lá chegassem eram praticamente impossíveis de combater”, adianta Emídio Camacho, para quem, da forma como o fogo progrediu, “não há grandes dúvidas, à beira da linha de água, na junção de dois montes, de que foi mão criminosa”. Apesar de ao início da tarde se temer o pior, o incêndio foi dado como extinto ao final da tarde de ontem, o que faz também antever, entretanto, um setembro complicado para os bombeiros, caso as temperaturas se mantenham elevadas. “Para a nossa zona aqui o setembro é sempre um mês com muitas ocorrências, vamos ver”, diz, expectante o Comandante Camacho, lembrando que o balanço, para já, em termos de área ardida, não é tão negro comparativamente com outros concelhos da região, mantendo-se, todavia, como o segundo concelho do distrito de Coimbra com o maior número de ocorrências.