O novo lar residencial da Santa Casa da Misericórdia é a obra de que se fala e representa um Ministro da Solidariedade Social elogiou capacidade de trabalho e entrega de diretores que puseram em pé o novo lar residencial para deficientes, e atribui ao setor social “parte da recuperação” a que o país tem assistido nos últimos quatro anos
Uma obra enorme, fruto de um trabalho de uma grande equipa. Foi assim que o Ministro da Solidariedade Social, Pedro Mota Soares, se referiu à nova casa da Misericórdia de Galizes, ontem inaugurada, e que vem duplicar a capacidade de resposta da instituição na área da deficiência.
Com capacidade para 61 utentes, a obra do novo lar residencial da Santa Casa de Galizes, num investimento de 2,3 milhões de euros, foi de resto elogiada por todos quantos marcam presença na cerimónia de inauguração, considerando-a uma referência a nível regional e até nacional. “A nova Casa de Nossa Senhora da Visitação é a realização de um sonho”, confessou o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Galizes, Bruno Miranda, dizendo-se com o sentimento de “dever cumprido” com a concretização desta obra, a “maior realizada no concelho nesta área depois do Estado Novo”, referiu. “Esta foi uma enorme obra que nos permitiu crescer e capacitar em termos técnicos”, afirmou ainda o provedor, aproveitando para agradecer e reconhecer publicamente o trabalho e o apoio de todos quantos estiveram envolvidos neste projeto, transformando a Santa Casa de Galizes numa das maiores instituições da região, na área da deficiência, onde, aliás, como foi ontem anunciado pelo provedor, tem ainda “pretensões de crescer”, com valências igualmente “inovadoras”.
Um reconhecimento feito também pelo presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, que não tem dúvidas que este projeto e quem o liderou protagonizam um “momento marcante na vida desta freguesia, do concelho e da região”. O autarca destacou, de resto, o “papel relevante” que a instituição tem prestado numa área “especial” como é a deficiência, o que o levou a anunciar desde já que irá propor a sua mais “alta” distinção, no próximo dia 7 de outubro, feriado municipal, com a medalha da ouro do Município, naquele que pretende ser um público reconhecimento ao trabalho que a instituição tem desenvolvido ao longo dos seus mais de 340 anos de história. Um trabalho que, segundo o autarca, é comum a todas as instituições de solidariedade social locais, pelo que desafiou o Ministro Pedro Mota Soares a fazer um périplo pelo setor social no concelho e ver “a riqueza das nossas instituições”.
Uma riqueza espelhada nas novas instalações da Santa Casa da Misericórdia, a quem o Ministro da Solidariedade Social elogiou a enorme capacidade de trabalho, de entrega e dedicação dos seus dirigentes. “Para chegar aqui foi preciso muita fé, muito trabalho, só uma grande equipa é que tinha capacidade para realizar uma obra como esta”, constatou Mota Soares, dando nota da dinâmica de uma instituição e um setor que ajudou nos últimos quatro anos a levantar o país. “Portugal está hoje a crescer, temos mais e melhor emprego e parte dessa recuperação deve-se muito ao setor social”, afirmou o titular da pasta da solidariedade social, lembrando que este setor foi dos que criou mais postos de trabalho – cerca de 46 mil, entre 2011 e 2015. “Esta aposta na economia social é fundamental não só do ponto de vista da resposta social, mas da empregabilidade porque é também uma oportunidade de trabalho para muitos homens e mulheres”, advogou, não tendo dúvidas que o país tem hoje o maior número de acordos com as instituições, abrangendo, no caso concreto da deficiência, diretamente mais de 28 mil utentes. Uma parceria entre Estado e terceiro setor que pretende ver reforçada, entendendo que este é o modelo mais eficaz para servir aqueles que se encontram numa situação de maior fragilidade e de maior carência.