José Carlos Alexandrino homenageado como profissional do ano pelo Rotary Club de Oliveira do Hospital.
Dono de uma personalidade marcante, o profissional José Carlos Alexandrino foi este sábado homenageado pelo Rotary Club de Oliveira do Hospital, numa cerimónia que juntou mais de duas centenas de oliveirenses e outros amigos do professor natural da Cordinha, eleito há seis anos pela primeira vez presidente da Câmara Municipal de Oliveira.
Um jantar onde não faltaram todos quantos têm, ao longo dos últimos anos, privado com o professor: ex alunos, colegas de escola e de ensino, autarcas, dirigentes associativos entre muitos outros que simplesmente nutrem e amizade e admiração por José Carlos Alexandrino. Um homem invulgar e dotado de uma grande sensibilidade social recordado pelos inúmeros amigos numa noite em que não faltaram predicados para definir o profissional que “chegou tarde à política”.
Vice presidente da CIM da Região de Coimbra, tal como Alexandrino, e presidente da Câmara de Arganil, Ricardo Pereira Alves, elegeu a combatividade, determinação e entusiasmo como algumas das principais características do professor, agora autarca, considerando este reconhecimento público por parte do Rotary Club, algo que “engradece um homem que muito tem dado a este concelho e à região”. “És o exemplo que como se pode fazer serviço público com coração, com emoção, com amor aos outros”, disse ainda o autarca.
Uma forma de estar na vida exaltada também pelo presidente da ADIBER, Miguel Ventura, que sublinhou o “sentido humanista” do autarca e o seu sentido de “entrega” e “dedicação à causa pública”. “Tem sido um privilégio podermos trabalhar em conjunto”, afirmou. Exemplo de dedicação e profissionalismo, como o próprio Rotary Club reconheceu, Alexandrino recebeu as mais diversas manifestações de amizade e apreço, numa noite onde ninguém quis faltar, tendo sido vários os amigos que enviaram mensagens e telefonemas. Foi o caso do cantor popular Quim Barreiros, que fez questão de “entrar” em direto, a partir de Paris ou do conhecido jornalista desportivo Fernando Correia, entre muitos outros que agradeceram a amizade e o trabalho do profissional, em prol pessoas.
Antigo colega na Escola da Cordinha, território educativo que construiu de forma inovadora, Artur Abreu fez questão de recordar o trajeto “brilhante” de professor e dirigente educativo, que “marcou todos o que com ele trabalharam”. Lutador e obstinado por aquilo em que acredita, assim o definiu também outro amigo da Cordinha, o atual presidente da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira, Carlos Maia, para quem Alexandrino tem já lugar na galeria dos “melhores ervedalenses de sempre”.
Como homem de fé que é, o professor contou com a presença de vários párocos, com destaque para o padre Borges, que lhe reconheceu muitas virtudes enquanto professor mas também enquanto autarca. “O senhor é hoje um grande autarca, porque foi um grande professor e isso faz com que seja um grande homem da sociedade”, referiu António Borges, pedindo a Alexandrino para manter a “ousadia”, “criatividade” e “coragem” para “levar por diante o que ainda está por fazer”. Homem de uma grande dimensão humanista, dotado de uma “simpatia extrema”, há mesmo quem não tenha dúvidas em considerar que Alexandrino é neste momento uma personalidade de “dimensão nacional”, pelo que “esta é uma homenagem que tem tanto de justa como merecida”.
Numa intervenção onde as emoções estiveram à flor da pele, também o seu vice presidente no executivo, José Francisco Rolo, recordou algumas das facetas e vivências do seu antigo professor na telescola de Lagares da Beira, tendo lembrado sobretudo a capacidade de Alexandrino de dirigir e mobilizar equipas. “Era exigente, mas uma exigência afetuosa”, recordou o antigo aluno, para quem Alexandrino “tem qualquer coisa que nos arrasta” e nos “agarra”.
Palavras que foram deixando ao longo da noite Alexandrino emocionado e reconhecido, apesar de entender que “não fez nada” para merecer esta distinção. “Querem-me transformar num herói quando eu sou um homem absolutamente vulgar”, disse, no final de uma longa noite de elogios, dedicando esta homenagem a todos os profissionais anónimos de Oliveira do Hospital, que fazendo um trabalho meritório por vezes não têm esta “visibilidade”. Considerou-se uma pessoa privilegiada na vida e um homem feliz por “ter em cada nós um amigo”, fazendo notar que no seu caminho “existiu sempre uma porta aberta para o mundo”.