64 quilómetros de percursos pedestres foram afetados pelo incêndio de 15 de outubro no concelho de Oliveira do Hospital que regista, num primeiro levantamento, meio milhão de euros de prejuízo são nível dos operadores turísticos privados.
Os números foram avançados esta quinta-feira pelo vice-presidente da autarquia e vereador com o pelouro do turismo, José Francisco Rolo, durante uma reunião com empresários do setor e responsáveis do Turismo Centro de Portugal, no salão nobre da Câmara Municipal.
Para garantir que o setor do turismo não definhe na região, o autarca sublinhou que é preciso apostar em projetos de animação e na criação de estruturas de animação. “Oliveira do Hospital era um concelho que tinha vindo a apostar, em parceria com os operadores turísticos numa oferta direcionada para o turismo da natureza e a apostar na participação em várias redes para atrair mais visitantes.
O incêndio pôs em causa a estratégia”, constatou o autarca, que chamou a atenção para a importância de se avançar rapidamente com “a Grande Rota do Alva”, uma vez que grande parte desta zona ribeirinha não ardeu no grande incêndio, sendo este percurso uma oportunidade no setor do turismo da natureza.
O projeto foi apresentado já este ano e sete municípios assumiram o compromisso de avançar com a rota, pelo que, segundo José Francisco Rolo, considera que o avanço desse projeto ganha agora um caráter de urgência. No final da sessão, o presidente da Turismo Centro, Pedro Machado, destacou as várias medidas para apoiar o setor do turismo na região atingida pelas chamas, enumerando ainda algumas iniciativas para promover o território afetado. “Um dos problemas que se discute é se há turistas a mais. Não temos turistas a mais. Nós [a região Centro] somos a solução para os turistas a mais”, frisou o responsável, considerando que, para diversificar uma oferta nacional assente em sol e praia, a região poderá ter um papel importante, garantindo um produto associado à natureza, gastronomia e cultura “que pode ser vendido ao longo do ano”.