Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, presidiu ontem à assinatura do contrato para a realização da empreitada de remodelação da ETAR da cidade, e assinalou o facto do concelho ser um dos primeiros do Interior do país a conseguir “tal desiderato” com a construção de 10 novas ETAR´s.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, garantiu ontem que o Município de Oliveira do Hospital é dos primeiros do Interior do País a estar próximo de chegar aos 100% de taxa de cobertura de saneamento básico.
O governante que presidiu, no salão nobre dos Paços do Concelho, à assinatura de contratos dos novos investimentos que vão ser realizados no concelho nesta área, nomeadamente a execução da empreitada de remodelação da ETAR da cidade de Oliveira do Hospital, não escondia a “grande alegria” de estar num Município que “partindo de uma situação desfavorável”, está perto de chegar aos 100% de cobertura. “Este é o bom exemplo que deixa”, considerou o Secretário de Estado, fazendo notar que Oliveira do Hospital se coloca na linha da frente, não só do distrito de Coimbra, como de todo o interior do país, em termos de cobertura de água e saneamento.
Em causa está a construção de dez novas estações de tratamento de águas residuais (ETAR) em dez freguesias que, conjuntamente com a conclusão de diversas ligações técnicas às infraestruturas, permitirão que Oliveira do Hospital passe a ser um dos primeiros municípios do país sem fossas sépticas coletivas.
As dez novas ETAR, que representam um investimento global de cerca de 1,5 milhões de euros, financiado em 85 por cento pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), vão ser construídas nas seguintes localidades: Chamusca da Beira, Chão Sobral, Galizes, Lourosa, Negrelos, Póvoa das Quartas, Póvoa de São Cosme, Seixas, Vale Torto, Vilela.
“Houve aqui uma orientação do POSEUR que foi dar prioridade aos Municípios que tinham bons projetos e equipas técnicas capazes de conduzir esses processos”, referiu Carlos Martins, aludindo ao caso de Oliveira do Hospital e à forma como tem conduzido a sua política na área do ambiente em geral, e em particular o sector da água e do saneamento”.
Também o presidente das Águas do Vale do Tejo, José Manuel Sardinha, realçou o trabalho feito nesta área pela Câmara de Oliveira do Hospital, que está “ao nível do que melhor se faz no país”, lembrando que, neste momento, o concelho já só está preocupado em resolver os problemas em pequenas franjas da população, sendo que há muitos municípios que “ainda estão preocupados com a resolução de grandes problemas”.
Uma preocupação que se traduziu 15 milhões de euros de investimentos, nos últimos anos, aos quais se deverão juntar nos próximos tempos, mais três milhões, dos quais 800 mil serão investidos na requalificação da ETAR da cidade, cujas obras deverão ter início ainda antes do verão, e os restantes na execução das ligações técnicas de várias ETAR´s nas freguesias.
Um investimento e um trabalho igualmente sublinhado pelo presidente do Município, José Carlos Alexandrino, que não deixou de recordar, uma vez mais, a revolução que os seus executivos levaram a cabo neste setor, nos últimos oito anos. Um trabalho de modernização e eficiência para o qual, segundo o autarca, tem também contribuído “o bom desempenho” da equipa multidisciplinar criada dentro da Câmara Municipal para o sector das águas e saneamento.
Alexandrino considera também que se “fecha um ciclo”, com a construção das 10 novas ETAR´s e o fim das fossas sépticas coletivas no concelho. “Há agora outra reivindicação a fazer que são as ligações técnicas, pois não faz sentido que a Câmara tenha ETAR´s num conjunto de núcleos urbanos e essas ligações continuem por fazer”, exortou, dando nota de um outro investimento, na aquisição de uma nova viatura limpa fossas que vai permitir chegar aquelas habitações que não têm acesso à rede pública de saneamento. “Com isto todos os munícipes estão nivelados da mesma maneira”, afirmou, dando ainda nota dos novos investimentos na área de abastecimento de água de modo a fazer chegar água em qualidade e quantidade a algumas das localidades de montanha mais remotas do concelho oliveirense.