Passado um mês após a maior catástrofe que assolou o concelho, o Partido Socialista de Oliveira do Hospital (PSOH) veio reiterar o profundo sentimento de pesar pelo elevado número de vítimas mortais, deixando mais uma vez, os sentidos pêsames a todos os familiares das vítimas, não esquecendo os vários feridos graves resultantes do incêndio de 15 de outubro, a quem deseja “uma rápida recuperação”.
Numa conferência de imprensa com o objetivo de marcar a sua posição sobre aquele que consideram “o maior flagelo humano e ambiental vivido pelo povo oliveirense”, os dirigentes socialistas mostraram-se ainda solidários com “todos aqueles que foram afectados pelos incêndios, desde o mais pequeno agricultor, aos cidadãos que perderam parte ou a totalidade das suas casas, até aos empresários, ou mesmo ao mais comum dos oliveirenses que passou por esta tragédia”.
“O PSOH manifesta a sua total solidariedade com os afetados, mas isso não chega. Nesta fase, são necessárias respostas concretas, apoios concretos, resolução rápida das situações”, afirmam, entendendo que a tragédia de Oliveira do Hospital, não sendo comparável ao que aconteceu em Pedrógão Grande, “não pode ser tratada da mesma forma”. “Um concelho que perde quase todo o seu património florestal e a sua beleza natural, perde tecido económico e social, perde produtividade agrícola, tem que ser apoiado sem condicionalismos”, consideram, julgando que apesar de todo o trabalho de reivindicação e luta por ajudas às vitimas dos incêndios, por parte do presidente da Câmara e todo o executivo municipal, o PSOH “não está conformado nem satisfeito com os apoios e medidas que foram anunciadas até ao momento para apoio a todos os lesados pelos incêndios”.
“Não reclamamos que os apoios ao nível das empresas sejam semelhantes aos que foram concedidos no Pedrógão Grande. Reclamamos mais apoios, pois a dimensão dos prejuízos também é muito maior. Não reclamamos os mesmos apoios que foram dados aos pequenos e grandes agricultores afectados pelos incêndios de Junho. Reclamamos mais. As medidas anunciadas não são suficientes e põem em causa um conjunto de actividades e a fixação de pessoas”, fazem notar os socialistas, entendendo que a agricultura de subsistência, a agricultura social, “deve ter um regime especial, que possa prever apoios em regime simplificado e de pagamento automático no mínimo até aos 5 000 euros e não apenas até aos 1 053 euros propostos”. “O PSOH exige ainda que deverão ser dados exatamente os mesmos níveis de ajuda e valores de investimento aos empresários agrícolas, que forem dados aos empresários de indústrias, comércios e serviços”, e que “o processo de reconstrução das habitações deve ser gerido pelos Municípios, em articulação com a CCDRC, independentemente dos montantes envolvidos”, propõem, realçando o papel “fundamental que o Executivo Municipal teve na primeira resposta às pessoas afectadas pelos incêndios”.
“O PSOH congratula-se com a forma rápida, eficaz e humana com que o presidente da Câmara, respectivo Executivo, Juntas de Freguesia, as diferentes Colectividades e cidadãos responderam a esta tragédia”, concluem, prometendo não ficar quietos, nem calados “junto do PS Nacional e do Governo de Portugal”