Cerca de duas dezenas de populares deslocaram-se à reunião do executivo para dizerem de viva voz que estão de acordo com a deliberação da Câmara Municipal.
Cerca de duas dezenas de populares das Caldas de S. Paulo, freguesia de Penalva de Alva, deslocaram-se à reunião pública do executivo camarário para mostrarem de “viva voz” a sua “satisfação” pelo indeferimento do alvará de construção do empreendimento turístico que está projetado para aquela localidade, e que tem gerado muita controvérsia por causa de um caminho que dá acesso ao poço termal e que atravessa a propriedade onde o promotor pretende implantar o projeto.
“Estamos satisfeitos e não esperávamos outra coisa da Câmara Municipal, que acima de tudo tem de defender a lei e os direitos dos populares e das pessoas que gostam das Caldas de S. Paulo”, defendeu o antigo vereador da autarquia, José Carlos Mendes, natural da localidade, que recordou uma vez mais o facto do caminho da “polémica” ter sido utilizado “desde tempos imemoriais sem qualquer tipo de constrangimento”.
“O caminho sempre foi de livre acesso, como tal a única solução legal e correta por parte da Câmara Municipal só podia ser não passar o alvará para construção do empreendimento, não podia ser de outra forma ”, sustentou o antigo autarca, lamentando que o promotor não tenha percebido a realidade e que não tivesse adequado o projeto às reivindicações da população”. “A solução que a Câmara tomou foi aquela que tinha de tomar e aquela que defendia melhor os interesses públicos”, entende Mendes que se assumiu, nesta reunião, como porta voz do povo das Caldas.
Presidente da Junta de Freguesia faz derradeiro apelo para salvar projeto
Depois da já longa novela em que se transformou este processo, o presidente da Junta de Freguesia de Penalva de Alva, Rui Coelho, aproveitou a presença dos vários intervenientes para deixar um derradeiro apelo no sentido de se encontrar uma solução para “salvar o projeto”.
“Das conversas que tive com os populares e da parte da Câmara Municipal toda a gente tem interesse que este empreendimento vá para a frente”, constatou o autarca, que desafiou as partes envolvidas a voltarem a sentar-se à mesma mesa na tentativa de encontrar uma solução de consenso, reconhecendo também ele, que se trata de um projeto que iria valorizar em muito a zona do vale do Alva. “Seria com muita tristeza deixar cair por terra um projeto desta dimensão, era importante disponibilizarmo-nos para encontrar um consenso”. (leia mais na edição impressa)