Distrital e Concelhia do Partido Socialista fazem balanço positivo do trabalho autárquico em Oliveira do Hospital e pedem “tri” ao atual presidente da Câmara.
A dois anos das próximas eleições autárquicas, o Partido Socialista de Oliveira do Hospital começa a marcar “terreno” e desafia o atual presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino a uma nova recandidatura em 2017.
O repto foi lançado durante a primeira convenção autárquica/Fórum das Freguesias, realizada este sábado pela Concelhia do PS, na Liga de Amigos da Lageosa, que teve como objetivo fazer um balanço de seis anos de governação socialista no concelho, e começar já a lançar as “bases” para a próxima candidatura autárquica municipal, onde os socialistas mostraram claramente querer Alexandrino de novo a liderar o projeto do PS.
A marcar presença nesta reunião dos socialistas oliveirenses, esteve o líder da Distrital de Coimbra do PS, Pedro Coimbra, que não poupou elogios ao trabalho dos autarcas eleitos pelo partido em Oliveira do Hospital, destacando nomeadamente a liderança de José Carlos Alexandrino, que com o conjunto de projetos já concretizados e com os que têm em mente para realizar no concelho, foi levado a concluir que “vamos ter presidente por mais seis anos”, pois este conjunto de obras “não se faz em dois anos”, afirmou. Confiante na “continuidade” do PS e de José Carlos Alexandrino à frente dos destinos do concelho, mostrou-se igualmente Carlos Maia, o líder local do Partido Socialista, para quem é só o atual presidente do Município “querer” que irá “contar com grandes companheiros” nessa luta.
Sem “oportunidade” para responder ao desafio lançado pelas estruturas local e distrital do Partido Socialista, uma vez que por motivos de agenda já estava ausente da sala quando Pedro Coimbra e Carlos Maia, lhe manifestaram todo o apoio e confiança para ser o próximo candidato à Câmara de Oliveira do Hospital, encabeçando aquela que seria a sua terceira candidatura à presidência do Município, depois da vitória “histórica” alcançada em 2013 com a eleição de seis vereadores,
Alexandrino optou por um balanço da obra feita, não deixando de criticar os seus adversários do PSD por quererem agora “passar uma esponja no passado”, quando são “responsáveis por um atraso de 20 anos do concelho”. “Fizemos mais em cinco anos do que eles fizeram toda a vida”, constatou o autarca, que mostrou orgulho no trabalho feito, nas mais diversas áreas, e que se resume numa mudança de paradigma de governação, fazendo constar sobretudo o “ambiente de porta aberta” que o PS fez questão de “cultivar” na Câmara Municipal, tendo passado a receber os munícipes de forma totalmente diferente do seu antecessor Mário Alves, que só “recebia os amigos e nem os autarcas eleitos pelo seu partido recebia”. “Lembram-se como funcionavam os serviços na Câmara Municipal, estava tudo centrado numa só pessoa, que decidia tudo e sabia tudo, ele era o Deus da organização”, criticou Alexandrino, que deu ainda nota da reorganização e modernização dos serviços da Câmara Municipal, fazendo com que estes deixassem de depender de “um homem só”.
Destacou o programa de descentralização de competências com as Juntas de Freguesia, da reorganização do setor das águas que apresentava já um défice de um milhão de euros, e da “captação” de dinheiros comunitários, reconhecida recentemente pela própria CCDRC, que fez com que o Município figurasse entre os municípios da CIM da região de Coimbra com a melhor taxa de execução do QREN. “Fizemos de longe a maior obra que qualquer executivo fez e vamos concretizar mais obras nos próximos dois anos”, garantiu ainda o autarca, referindo-se a um programa de regeneração urbana a que a cidade de Oliveira do Hospital se vai candidatar e a um conjunto de outras que pretende ver realizadas até ao final do mandato.
Sobre a possibilidade de renovar a candidatura à presidência da Câmara de Oliveira do Hospital, apesar de já ter manifestado a intenção de se retirar em 2017, Alexandrino, ultimamente, também “não fecha totalmente a porta”.