O PS questionou hoje o Governo sobre a permanência de amianto na Escola Secundária de Oliveira do Hospital e pediu a remoção desta substância de todos os edifícios públicos do distrito de Coimbra.
No final de uma visita à sede do Agrupamento de Escolas do concelho, no distrito de Coimbra, a deputada do PS, Elza Pais, revelou aos jornalistas que o grupo parlamentar socialista entregou hoje ao presidente da Assembleia da República (AR) um conjunto de perguntas sobre o assunto, dirigidas ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Depois de o PCP ter avançado com idêntica iniciativa na AR, na semana passada, também o PS quer saber “qual o plano que o Ministério da Educação vai definir para resolver este e todos os problemas” com edifícios públicos do país em que existem materiais de construção que contêm amianto.
Na Escola Secundária de Oliveira do Hospital, “o nível de risco é um dos mais elevados”, adiantou a parlamentar, após ter visitado as instalações, onde se reuniu com o conselho executivo e do agrupamento, com representantes dos pais e dos estudantes, que convidaram Elsa Pais a inteirar-se localmente da situação.
“Quais os edifícios públicos, incluindo escolas, que no distrito de Coimbra ainda possuem amianto nas suas estruturas que, por força do decreto-lei 2/2011, deverá ser removido? No caso de existirem mais situações como a identificada em Oliveira do Hospital, qual o plano e calendarização para proceder à sua total remoção?”, perguntam os deputados socialistas eleitos por Coimbra.
Em nome do grupo parlamentar do PS, Elza Pais, Pedro Coimbra, Helena Freitas e João Galamba pretendem saber em que medida a “manutenção de materiais com amianto” na Escola Secundária de Oliveira do hospital se resumirá à “existência de revestimentos de estabelecimentos com placas de fibrocimento” ou se existem outras situações análogas, como o revestimento de paredes, por exemplo.
”Qual o ponto de situação da existência de amianto no Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital?”, insistem, perguntando se o Governo “tem alguma calendarização para proceder à remoção total da existência de amianto” neste complexo educativo.
Para estes deputados, importa ainda saber “quais as ações de monitorização e de correção que têm sido realizadas neste agrupamento de escolas”.
“Têm sido realizadas ações de monitorização aos edifícios públicos que, no distrito de Coimbra, devem ser submetidos a monitorização regular e a ações corretivas para a remoção dos materiais de construção que contêm amianto? Qual o resultado das ações de monitorização e de ações corretivas?”, questionam também.
Após a visita de Elza Pais, Sebastião Barbosa, da Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas de Oliveira, disse aos jornalistas que os quase 2.000 alunos vão esperar pela resposta do Governo aos deputados.
“Queremos uma escola mais segura para toda a comunidade escolar”, declarou, admitindo que venham a ser promovidas “novas formas de luta” se não houver uma resposta satisfatória no prazo de um mês.
Entretanto, a Federação Distrital de Coimbra da Juventude Socialista e a Concelhia de Oliveira do Hospital da mesma organização convidaram hoje a Associação de Estudantes local a reunir-se no parlamento “com os deputados jovens” do PS para analisar o problema.
Lusa