Presidente do Instituto Politécnico de Coimbra esteve ontem na cerimónia de tomada de posse da nova Associação de Estudantes onde pediu “mais empenho” aos parceiros locais na defesa desta escola superior.
O presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Rui Antunes, voltou ontem a deixar um aviso à região quanto ao futuro da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), tendo feito questão de “deixar nas mãos” dos parceiros locais a “viabilidade” ou não desta instituição de ensino superior.
Rui Antunes falava na tomada de posse da nova associação de estudantes da ESTGOH, onde deixou a garantia de estar a tentar vencer as dificuldades que afetam, em particular, esta escola superior de interior, e de estar “a intervir na sua defesa”, com propostas alternativas de formação e com medidas que possam atrair mais estudantes a Oliveira do Hospital. Rui Antunes advertiu, todavia, que “a melhor maneira de a tornar viável” é promover a sua ligação “às instituições da região”, e nesse sentido, acrescentou, “a escola manter-se-á viva enquanto os parceiros sociais da região sentirem que ela é fundamental para a região”.
Reconhecendo o empenho da Câmara Municipal neste projeto, o presidente do IPC, considera, ainda assim, necessário “o empenho de outros atores locais”, nomeadamente os concelhos limítrofes, o tecido empresarial e todas as forças vivas da região que, no seu entender, “têm de encontrar na escola uma utilidade”, assim como “a escola também tem de perceber em que medida pode ser útil”. Rui Antunes deu mesmo o exemplo do novo curso de ordenamento do território, que abriu este ano na ESTGOH contando com um número muito reduzido de candidaturas, e que poderia ter tido outros resultados se tivesse existido mais empenho por parte dos parceiros da região.
Com a escola de Oliveira reduzida a três licenciaturas, que poderão passar apenas a duas já no próximo concurso de acesso, uma vez que o novo curso deverá encerrar por falta de candidatos, o presidente do IPC deixou a promessa de estar a trabalhar para garantir a sobrevivência da ESTGOH, nomeadamente com os chamados cursos de Técnicos Superiores Profissionais, que são uma espécie de cursos superiores “profissionalizantes”, destinados a uma faixa da população escolar que não se revê no atual ensino superior, encontrando aqui uma alternativa de formação. “Esta pode ser uma oportunidade em termos de fixação de jovens para a região” e como tal, acrescentou, “temos de começar a identificar o público-alvo para esses cursos”. (leia mais na edição impressa)