Alexandrino garante “empenho” da Câmara Municipal para colaborar com empresa de Belmiro de Azevedo.
Trata-se da mais antiga unidade fabril de aglomerados de madeira do grupo Sonae, e pretende expandir-se brevemente em terrenos contíguos ao seu complexo industrial na Catraia de S. Paio.
A novidade foi avançada pelo presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, que dá conta das conversações mantidas entre a administração da Sonae Indústria e a direção da Sociedade Recreativa Lealdade Sampaense para uma eventual cedência do campo de futebol precisamente com o objetivo da empresa poder expandir a sua produção. “Tem havido reuniões porque eles pretendem avançar com a ampliação das suas instalações, uma vez que atualmente não têm mais por onde se expandir”, referiu o edil, na última reunião pública do executivo camarário, garantindo estar “muito empenhado” no trabalho com o grupo Sonae que, segundo afirmou, tenciona concentrar em Oliveira do Hospital e também na fábrica de Mangualde grande parte da produção de aglomerados de madeira, criando aqui “uma nova linha”. Um investimento tanto mais significativo para o presidente da autarquia já que acontece numa altura “em que o grupo tem vindo a fechar outras unidades na Europa e noutros países”, colocando assim a empresa de Oliveira do Hospital entre as melhores unidades da Sonae Indústria.
O presidente da autarquia falava nos investimentos do grupo liderado por Belmiro de Azevedo a propósito de um novo regulamento que a Câmara pretende aprovar de apoio aos empresários e à atividade empresarial no concelho, tendo como objetivo atrair não só potenciais investidores que se queiram instalar em Oliveira do Hospital, mas essencialmente apoiar os que já estão instalados “por cá” e que “têm conseguido resistir”. “Em primeiro lugar temos de segurar aquilo que temos”, considerou o edil, prometendo estar “na linha da frente” a “puxar pelo concelho”, nomeadamente sabendo que este “não oferece um conjunto de condições que outros oferecem em termos de acessibilidades”.
Alexandrino entende que deve existir um regulamento de incentivo aos empresários até para “não ultrapassar leis”, dando o exemplo de outros municípios vizinhos que já os têm a funcionar, como é o caso de Tábua, que prevê o apoio à implantação de empresas, como aconteceu com os Aquinos em que o Município suportou o investimento em arranjos exteriores e acessos àquela unidade fabril, atualmente com mais de 1200 trabalhadores.