111 alunos entraram na primeira fase na ESTGOH

Um número que ultrapassa todos os recordes e atesta os resultados positivos de uma oferta que se quer diferenciadora.

«Todos os serviços da escola estão focados na recepção aos novos alunos». O movimento começou ontem e prolonga-se até ao final da semana na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH). São 111 novos alunos, que entraram na primeira fase de candidaturas. Um número recorde que constitui, sem dúvida, um indicador de excelência para a escola.

Carlos Veiga, presidente da escola, entende que foram duas as questões fundamentais que permitiram este resultado positivo. A primeira prende-se com o reconhecimento, por parte da tutela,  da ESTGOH como «escola de interior», um quadro de exceção aplicado este ano que representa  «um tratamento mais de acordo com a sua vocação». O facto de integrar o grupo de escolas do interior «permitiu a abertura de cursos e a distribuição de vagas de uma forma mais racional», acrescenta, sublinhando que «este resultado é consequência» desta articulação.

Defensor desde há longa data de um estatuto de discriminação positiva da escola “deslocalizada” do Instituto Politécnico e Coimbra (IPC), Carlos Veiga considera que este estatuto de escola do interior faz a diferença, além de estar «mais de acordo com a vocação da escola, de desenvolvimento do território».

Com 111 alunos a entrarem na primeira fase de candidaturas, a ESTGOH está, desde ontem, empenhada em receber e encaminhar os novos alunos. «O nosso objetivo é garantir as condições para que no dia da matrícula as famílias possam ir para casa com os estudantes instalados», refere Carlos Veiga. Trata-se de cumprir um processo que pode ser complexo, mas que a escola procura facilitar ao máximo. Assim, no ato da matrícula, por exemplo, os novos alunos são alertados para a candidatura ao suplemento de alojamento. O presidente explica que, uma vez que Oliveira do Hospital não tem residências de estudantes, foi instituído um «suplemento à bolsa», que ajuda os estudantes a suportar a despesa de um quarto, uma vez que o valor «está em linha com o que se paga num quarto arrendado».

Também a pensar nos novos estudantes, a escola possui uma listagem do alojamento disponível na cidade. Um desafio lançado à comunidade, nas últimas semanas, que permitiu, segundo o diretor da escola, reunir uma oferta de 40/50 quartos, que são “apresentados” aos caloiros. «Mas há mais oferta na cidade». «Há pessoas que arrendam casas e quartos», diz Carlos Veiga, salientando que Oliveira do Hospital «desde sempre teve capacidade de se ajustar aos nossos estudantes e sempre garantiu  respostas muito positivas», razão pela qual a preocupação da escola se centra em «trazer os estudantes para cá».

Carlos Veiga chama, ainda, a atenção para uma deliberação da Câmara Municipal, no final do ano lectivo, que permite que os estudantes que residam nas freguesias tenham acesso à rede de transportes do município, o que significa que «podem ficar nas suas casas», com transporte assegurado para a sede do concelho, onde funciona a ESTGOH. «Uma medida muito positiva, que alarga o âmbito de alojamento de proximidade», considera, salientando que se trata de uma «solução prática para as famílias» que «tira partido da proximidade».

Três cursos com vagas para a segunda fase

Com a totalidade das vagas preenchidas em quatro cursos, Contabilidade e Administração (30), Engenharia Informática (30), Gestão (20) e Administração e Marketing (20), Carlos Veiga está confiante que na segunda fase as vagas disponíveis em Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território (DROT, quatro) e Gestão de Bioindústria (oito) vão ser preenchidas. «São cursos novos, adequados ao território», «respostas muito atentas aos problemas locais» e também capazes de responder àquele que será, no futuro, o perfil do estudante, «com um sentido de missão», de «compromisso com o território».

O curso de DROT já tem licenciados e «estão todos integrados no mercado de trabalho» e relativamente aos que fizeram estágios «temos um feed-back muito positivo das entidades que os receberam», afirma. Bioindústria abriu este ano e o presidente da escola acredita que a sua articulação com o departamento de Gestão representa uma mais-valia, em termos de formação, nomeadamente com as opções de Gestão e Marketing. «Sendo uma oferta diferenciadora, terá de fazer o seu caminho», diz.

Sem candidatos na primeira fase ficou o curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, igualmente uma estreia, este ano, na escola, mas o presidente da ESTGOH está convencido que a resposta está nos concursos especiais e acredita que se trata de uma resposta formativa, igualmente diferenciadora, que vai atrair pessoas já com formação noutras áreas e que «se queiram valorizar». «Saberemos interpretar estes resultados e iremos, em conjunto com o IPC, fazer uma avaliação destas licenciaturas», resume. Certo é que, nesta primeira fase de candidaturas, os resultados só podem ser considerados excelentes.

Exit mobile version