O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital respondeu, esta tarde, durante a reunião da Assembleia Municipal, à polémica sobre a atribuição de um subsídio de 6.600 euros à fábrica da igreja de Oliveira do Hospital.
José Carlos Alexandrino acusou o PSD se ter sido o autor do “circo” que foi montado em torno deste assunto, e fez questão de mostrar, com números do passado, quem é que afinal apoiou e com que verbas, as paróquias do concelho.
O autarca recuou a 2005, quando a Câmara Municipal era governada pelo PSD, para lembrar que, só no mandato de 2005/ 2009, o então presidente da Câmara, Mário Alves, atribuiu mais de 55 subsídios às fábricas da igreja da Paróquia de Oliveira do Hospital, num total de 349 mil euros.
Uma verba que está longe daquela que foi agora atribuída pelo autarca do PS, e que é justificada pela quebra de receitas da igreja durante o período da pandemia, servindo assim para fazer face a pequenas despesas de funcionamento e não para pagar salários a padres, como terá sido avançado, esta semana, nalguma imprensa.
Na reunião desta tarde, foram vários os deputados da bancada socialista que se insurgiram contra as notícias vindas a público que não passam, segundo os eleitos, de uma manobra própria do período pré eleições autárquicas que se aproxima.
CDS/PP não fala no apoio à igreja, mas exige mais transparência na atribuição de subsídios
Sem nunca tocar na polémica em torno da atribuição do apoio de 6.600 euros à Fábrica da Igreja Paroquial de Oliveira do Hospital, a bancada do CDS/PP na Assembleia Municipal veio contudo a terreiro exigir mais transparência na atribuição de subsídios às associações, verificando que nos “anos de 2018 e 2019, a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital deliberou aprovar 1 milhão e 275 mil euros a entidades coletivas de direito privado”.
“Esta política assumidamente redistributiva e sem critérios objetivos claros, tem levado a uma desigualdade de acesso aos apoios concedidos pelo Município, penalizando frequentemente associações que optem por canais de comunicação formais para apresentar os seus projetos”, acusam, em comunicado, ao mesmo tempo que propõem que “sejam criadas dotações próprias e programas devidamente regulamentados que permitam candidaturas anuais destas entidades a apoios concedidos pelo Município”.