Autarca de Oliveira do Hospital com “condições reunidas” para disputar próximas autárquicas.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital considerou ontem o anúncio da construção do IC6 até ao nó de Folhadosa, um “momento histórico” para a cidade, para as suas gentes e sobretudo para os seus empresários, pelo impacto que terá no desenvolvimento económico do concelho.
Numa primeira reação ao comunicado das Infra Estruturas de Portugal, que anunciava o lançamento do troço do IC6 entre o nó de Tábua e Oliveira do Hospital, num investimento de 38 milhões de euros, Alexandrino confessava-se um “presidente mais feliz que ontem”, por saber que o Governo, através do Ministro Pedro Marques, acaba de “honrar” os seus compromissos com Oliveira do Hospital, ao anunciar a concretização desta infra estrutura rodoviária, há muito reivindicada.
“Este comunicado desfaz todas as dúvidas” referiu o edil, para quem o lançamento desta obra por parte do atual Governo “é o reconhecimento da importância estratégica que esta estrada para esta região”. “É uma obra que é justa e que vai desencravar o concelho em termos rodoviários”, garante Alexandrino, para quem esta não é apenas uma vitória sua, mas a “vitória da determinação do povo oliveirense” do qual foi apenas “porta-voz”. “Eu era a voz de um povo que reivindicava esta obra” esclareceu, não tendo dúvidas que o IC6 é um “factor de desenvolvimento” do concelho que, nos últimos anos, luta contra esta adversidade, tendo perdido mesmo “alguns investimentos” empresariais por causa da falta de acessibilidades.
Fiel ao compromisso que tinha com os oliveirenses de não se recandidatar a um novo mandato enquanto não visse satisfeita esta exigência, Alexandrino diz entretanto “começarem a estar reunidas as condições para que dispute o próximo ato eleitoral”. O autarca aguarda apenas a vinda do Primeiro Ministro a Oliveira do Hospital – o que deverá acontecer até à primeira semana de abril – e o “assumir” por parte de António Costa a concretização do projeto, para, ao que adiantou, anunciar formalmente a sua recandidatura à presidência da Câmara.
Refira-se que esta é uma luta que acaba por marcar os dois mandatos autárquicos de Alexandrino, com o autarca a admitir que não teria condições de avançar para um novo mandato “se o Governo deixasse cair esta obra”. Não deixa todavia de estranhar, nesta hora, “alguns elementos do PSD” que pediram a sua demissão “por não ter conseguido o IC6 quando o Governo era deles”. “Isso é que é um paradoxo”, critica, aproveitando para esclarecer algum atraso no arranque das obras da Nacional 17, adiantando que a culpa destas ainda não terem começado não é do Governo, mas da Câmara Municipal que vai aproveitar para renovar as condutas de água entre Vendas de Galizes e Lourosa. “Depois da estrada requalificada não podemos mexer, e não vamos fazer como outros fizeram que é andar a deitar alcatrão para depois levantar tudo” explicou o autarca, que ontem se sentiu “abençoado” por estas notícias, durante a visita de D. Virgílio Antunes aos Paços do Concelho.