No lançamento do IP3 em Penacova.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital mostrou-se, esta segunda-feira, desagradado com o silêncio do Governo relativamente à conclusão do IC6.
José Carlos Alexandrino participou na cerimónia de lançamento da requalificação do IP3, em Penacova, e não deixou de lamentar, junto do Primeiro-Ministro que o seu Ministro (das Infraestruturas), Pedro Marques não tenha tido uma palavra sobre o IC6, nomeadamente o troço que tem vindo a reivindicar, entre Tábua e o limite do concelho de Oliveira do Hospital com Seia.
Apesar de Costa lhe ter respondido que este itinerário não estava esquecido porque o autarca não deixava que isso acontecesse, Alexandrino não ficou satisfeito, mostrando-se mesmo zangado com a ausência de referências do Ministro das Infraestruturas a esta estrada, há muito reclamada pelos oliveirenses. “Às vezes vejo discursos sobre o interior que não têm nada a ver com a prática política, como diz o povo não condiz a bota com a perdigota”, desabafou o autarca, que disse não precisar de “palmadinhas nas costas”, “analgésicos”, nem “anti-depressivos” para justificar a falta de respostas para os problemas do seu concelho, mas sim de “ação política concreta”.
Com o autarca visivelmente irritado, o Ministro Pedro Marques terá tido oportunidade de reafirmar o compromisso do Governo em relação a esta obra, garantindo ao autarca oliveirense que “palavra dada, era palavra honrada” e que o IC6 iria ser uma “realidade”.
“Mais tarde, o senhor Ministro teve oportunidade de me dizer que era um homem de palavra e o Primeiro Ministro também, que iriam honrar os seus compromissos, mas de qualquer modo gostaria mais que o senhor Ministro falasse na obra publicamente, que era uma forma de nos acalmar”, afirmou Alexandrino, algumas horas depois de uma cerimónia que esteve prestes a ser marcada por um incidente entre o Governo e o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, eleito pelo PS, para quem “começa a ser demasiado tarde para o lançamento do IC6”.