Nem só da situação sanitária vive preocupado o presidente do Município. José Carlos Alexandrino mostrou hoje a sua preocupação com a “saúde” de algumas empresas do concelho e dos seus trabalhadores, dando conta que muitas delas “estão já em dificuldades”, colocando assim em risco o futuro de muitas famílias.
O autarca que reuniu, esta segunda-feira, com carácter de urgência com o Secretário de Estado da Economia, garante que aquilo que vários empresários oliveirenses lhe têm feito chegar é que estão com dificuldades no acesso aos financiamentos disponíveis, nomeadamente às garantias do Estado para os empréstimos bancários para poderem recapitalizar os seus negócios.
“Estive ontem reunido com o Secretário de Estado para desbloquear alguns processos relacionados com o fundo de garantias do Estado, porque estas empresas precisam de dinheiro para voltarem a arrancar”, considera o edil, lembrando que há empresas no concelho – algumas com 200 e 300 trabalhadores, que precisam dessas ajudas, caso contrário vão deixar de ter capacidade de pagar os lay-off”.
“Esta é uma preocupação muito grande, encontrar soluções para algumas das nossas pequenas e médias empresas”, afirma o presidente, não escondendo que um dos setores que mais o preocupa, nesta altura, é o das confeções, onde há pelo menos duas empresas a aguardar uma resposta do Governo, mas também empresas de setores como a construção civil e eletricidade que viram, de um momento para o outro, os seus mercados a sofrerem mudanças.
“Estamos a acompanhar estas situações com preocupação, mas também com expetativa, porque da parte do Secretário de Estado da Economia há o entendimento que é preferível dar as garantias a estas empresas, do que pagar futuramente subsídios de desemprego”, adiantou ainda o edil, lembrando que nos últimos meses e apesar de estar convencido que os efeitos económicos da pandemia só se vão sentir daqui a dois/três meses, o concelho de Oliveira do Hospital somou mais 200 desempregados.
“Há empresas de grande porte que conseguem mais rapidamente ter acesso aos financiamentos do que estas pequenas e médias que, todas somadas, são muito importantes para o concelho e para o país”, concluiu o presidente da Câmara, pedindo mais “solidariedade” aos grandes grupos económicos com os mais pequenos, porque “o Estado não vai ter capacidade financeira para acudir a tudo”.