Autarca oliveirense considera inadmissível a obra não avançar, um ano depois do concurso ter sido lançado.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital quer um compromisso claro do Governo relativamente à requalificação da Estrada da Beira – cujo concurso público foi lançado há um ano – o mais tardar até ao final do verão.
Em entrevista, esta semana, ao jornal Folha do Centro/ Rádio Boa Nova, José Carlos Alexandrino mostrou-se agastado com o facto desta obra nunca mais arrancar, e deixa a garantia de que se não houver, em breve, “luz verde” do Governo, a assembleia municipal que será agendada para finais de setembro, poderá decidir novas formas de luta, como aquela que foi levada a cabo há um ano atrás, com uma marcha lenta na EN17.
“Não poderá passar muito dessa altura”, assegura o edil, que faz questão que a assinatura do contrato para a requalificação da EN17 seja realizada na Câmara Municipal, e na presença do Ministro das Obras Públicas, de modo a comprometer a tutela relativamente a outro eixo rodoviário que tarda em ser concluído: o IC6. “É inadmissível que este Governo não tenha lançado até agora a requalificação da Nacional 17, porque o concurso já decorreu e o tempo que decorre desde o lançamento do concurso já é demasiado”, entende o edil, que teve oportunidade de dizer isto mesmo, há poucos dias, ao ministro que tutela as obras públicas. “Nem sempre é fácil a minha posição com o Ministro Pedro Soares derivado a eu ser uma pessoa que não me calo”, mas “ a requalificação da EN17 já tarda”, garante o autarca, que adianta ter recebido a informação de que a obra iria começar em breve.
Lembrando que não mudou de opinião “só porque mudou o Governo”, o autarca eleito pelo Partido Socialista volta a lamentar o estado a que chegou outras vias rodoviárias que atravessam o seu concelho e que estão sob a tutela das Infra Estruturas de Portugal, como é o caso da ligação Vendas de Galizes – Ponte das Três Entradas até ao limite do concelho, na freguesia de Alvoco das Várzeas. “Esta estrada é outra vergonha”, considera.
Também no que respeita ao IC6, o presidente da Câmara recusa-se a aceitar que este continue sem conhecer qualquer avanço, apesar das promessas e do compromisso assumido pelo anterior presidente das Infra Estruturas de Portugal relativamente à continuação desta via desde o Poço do Gato até à Zona Industrial de Oliveira do Hospital. “Havia esse compromisso que eu exijo que este Governo respeite”, afirma o autarca, recusando-se a aceitar que esta infra estrutura possa estar a servir de “moeda de troca” perante a possibilidade dos privados fazerem a futura auto estrada Coimbra -Viseu. “ É que se nós tivermos um bom IC6 que faça a ligação Porto da Raiva até à A25 ninguém vai passar nessa auto estrada que será portajada”, faz notar, prometendo não calar a sua voz enquanto este investimento não for feito, lembrando que este é “um desígnio” não apenas de Oliveira do Hospital, mas de todo este território.