Autarca garante pela primeira vez haver um compromisso do presidente das Infra Estruturas de Portugal para construir pequeno troço do IC6 até ao concelho, num investimento de 25 milhões de euros.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital garante ter chegado a acordo com o presidente das Infra estruturas de Portugal, António Ramalho, ainda antes das últimas eleições legislativas, para a construção de um pequeno troço do IC6, entre o Poço do Gato e a Zona Industrial de Oliveira do Hospital.
Numa entrevista conjunta Folha do Centro/Centro TV, onde faz um balanço de dois anos do seu segundo mandato, José Carlos Alexandrino avança com esta novidade e admite “criar um problema seja a que Governo for”, se a estrada não for lançada, nos moldes em que lhe foi prometido. “Fiz um acordo com ele, que nunca anunciei antes, que é trazermos, numa primeira fase, o IC6 até à Zona Industrial da cidade de Oliveira do Hospital, passando ligeiramente mais acima. Há esse acordo que eu quero acreditar que se vai concretizar”, refere o autarca, não tendo dúvidas que esta foi a resposta do poder central à manifestação dos oliveirenses, no final do verão passado.
“Foi um pequeno acordo, depois da nossa manifestação, depois dos oliveirenses terem descido à rua nas suas reivindicações”, lembra Alexandrino, que se congratula pela promessa do presidente das Infra Estruturas de Portugal não apenas relativamente ao IC6, mas também à EN17 que acaba de ser adjudicada, “cumprindo” ainda que com um ano de atraso o prometido, e à EN 230, entre Vendas de Galizes e Alvoco das Várzeas, que será igualmente remodelada, estando previsto o seu lançamento no primeiro trimestre de 2016.
“Pela primeira vez há um acordo entre mim e o presidente das Infra Estruturas de Portugal, de não fazer já o IC6 todo, por causa do cofinanciamento, mas para o trazer acima da ZI da cidade, no limite com o concelho de Seia”, adianta ainda o edil oliveirense, não deixando de lamentar alguma falta de solidariedade dos concelhos vizinhos, que se coloram à margem da jornada de luta promovida pela Câmara Municipal. “Eu senti alguma frustração por alguns presidentes, por taticismos políticos – uns porque eram da cor do governo, outros por adivinharem a chegada de um novo governo – não se terem juntado ao nosso protesto. Eu não pago esses tributos políticos”, garante Alexandrino, que diz estar a deixar que o novo governo tome conta deste dossiê para pedir uma reunião com o novo secretário de Estado, tendo já desenvolvido até alguns contactos nesse sentido.
Alexandrino assegura, de resto, que “esse é o grande compromisso que tem com os oliveirenses”, a par com a melhoria dos cuidados médicos no concelho, e admite mesmo voltar a sair à rua e ainda “mais depressa” se o governo do PS não concretizar esta obra. “Admito perfeitamente que se não reunirem as condições, voltaremos à rua numa grande manifestação, avançando mesmo com um corte de estradas, criando aqui um problema seja a que governo for. Por isso é um aviso sério da minha parte”, adverte o autarca eleito pelo Partido Socialista, que contou na última Assembleia Municipal com a solidariedade da bancada socialista, que se colocou ao lado do presidente e de todo o executivo em eventuais posições que venha a defender nesta matéria. “Chegou a hora, se houve dinheiro para tantas coisas, e porque a obra até à nossa zona industrial custará 25 milhões de euros, de fazer esta obra”, avisa Alexandrino não pondo de parte novas ações de protesto, caso o IC6 não saia de onde está.