A um mês de terminar o atual mandato, o executivo da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, presidido por José Carlos Alexandrino, visitou algumas das maiores obras em curso na cidade e não só, também na Bobadela e Lourosa, somando todas juntas um investimento próximo dos 15 milhões de euros.
Da requalificação do Parque dos Marmelos, que se encontra praticamente concluída, o executivo socialista visitou ainda as obras na escola sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, também em fase de conclusão, o novo Campus Educativo, a empreitada de reabilitação da Zona Histórica, a nova Casa da Cultura, a envolvente à Igreja Moçárabe de Lourosa e por fim, a Casa Amarela na Bobadela, também já praticamente pronta.
Um volume de obra e de investimento que, segundo o presidente do Município, supera qualquer outro realizado por executivos anteriores. “Mesmo com as vicissitudes que tivemos dos incêndios neste percurso destes 12 anos, acredito que nunca nenhum outro executivo lançou obras deste volume, e por isso, fico satisfeito e congratulo-me com aquilo que fizemos e, brevemente estas obras estarão ao serviço dos oliveirenses que é para isso que elas foram feitas”, sublinhou o edil, reconhecendo que “houve obras em que as coisas não correram tão bem”.
Alexandrino referia-se sobretudo ao caso da empreitada de requalificação da escola secundária, em que a Câmara Municipal teve de tomar posse administrativa da obra face ao incumprimento da empresa que ganhou esta empreitada e lançar novo concurso público, mas que finalmente está na reta final. Trata-se de um investimento de 1,5 milhões de euros que se vai traduzir numa melhoria significativa da qualidade e das condições de ensino desta escola.
“Em boa hora esta empresa ganhou o (novo) concurso porque soube executá-la na perfeição, estas obras vão ao encontro das expetativas da nossa comunidade”, fez notar o diretor do AEOH, Carlos Carvalheira, destacando algumas intervenções realizadas no espaço escolar, como a colocação de painéis solares e a nova portaria, que foram para além daquilo que estava previsto no projeto inicial e que só foram possíveis com o financiamento da autarquia.
“Aqui as obras também foram como as cerejas, foram surgindo” afirmou a vereadora da educação, Graça Silva, que considerou este investimento da máxima importância para a comunidade escolar oliveirense, que, como referiu “há muito desejava e ansiava” esta requalificação.
O périplo pelas obras em curso teve início ali mesmo ao lado, no Parque dos Marmelos, onde o executivo de José Carlos Alexandrino que se fez acompanhar do único vereador do PSD, destacou as melhorias feitas naquele espaço verde da cidade que se encontrava degradado. Um investimento de cerca de 800 mil euros, que inclui circuito de manutenção, um novo parque radical para a prática de escalada e skate, e ainda um anfiteatro natural e vários espelhos de água.
Uma intervenção que, segundo o engenheiro da Câmara Municipal, Luis Nunes, privilegiou a “utilização de materiais o mais naturais possíveis, como a madeira”. “É uma intervenção que apesar de ser profunda, tentou-se manter a natureza a sobressair”, acrescentou ainda o técnico que fez o acompanhamento das obras.
Também o vereador do desporto, Nuno Ribeiro, destacou as várias “valências” deste novo equipamento que era “um velho anseio dos oliveirenses”, lembrando que se trata de um “espaço de cultura, de lazer e propício à prática de uma nova modalidade desportiva”.
Seguiu-se a visita ao mega investimento do novo Campus Educativo, na quinta do Margarido, em frente à sede do AEOH, cujas obras estão apenas a 5% da sua execução, pelo que só estará concluído no final de 2022. Trata-se da obra mais “cara” de sempre realizada no concelho e irá concentrar no mesmo espaço alunos do primeiro ciclo e jardim de infância de Oliveira do Hospital que estão agora espalhados por vários estabelecimentos. “Vai ser um centro educativo do melhor que há no país”, alinhou o engenheiro Luis Nunes, apontando para a área de mais de 2 mil metros quadrados de construção.
Entre as obras mais reivindicadas atualmente em curso, encontra-se ainda a requalificação da zona histórica, num investimento de cerca de 3,5 milhões de euros. A comitiva municipal visitou as fases mais adiantadas da empreitada e destacou os objetivos desta intervenção que passam essencialmente por “requalificar o espaço e devolver a cidade às pessoas”. “Hoje o grande desafio é reocupar reabilitando, reabilitando o edificado e naturalmente criar um espaço com corredores verdes, aprazíveis, para tornar este espaço humanizado”, referiu o vice presidente da Câmara, José Francisco Rolo.
Também o presidente da Junta de Freguesia e atual número dois da candidatura do PS à Câmara Municipal, Nuno Oliveira, sublinhou a importância desta reabilitação urbana para a revitalização do comércio e do próprio parque habitacional, acreditando que é com este tipo de intervenções que se incentiva as pessoas a procurarem de novo estas zonas.
Seguiu-se mais uma obra com alguns percalços, mas há muito desejada pelos oliveirenses e que está muito perto do final , que é a nova Casa da Cultura, a partir do antigo colégio Brás Garcia de Mascarenhas. Apetrechado com “equipamento de última linha”, o novo auditório vai custar 1, 8 milhões de euros e tem capacidade para 300 pessoas, contemplando ainda um pequeno auditório exterior ligado a uma zona de cafetaria, onde poderão ser realizados essencialmente pequenos espetáculos de verão. Já o grande auditório interior está preparado para receber todo o tipo de espetáculos e iniciativas culturais. “É um espaço que vai estar aberto ao associativismo, não será apenas para as atividades da Câmara Municipal, com este espaço e com este investimento queremos fazer iniciativas abrangentes a toda a região, palestras a nível nacional e internacional”, apontou a vereadora Graça Silva, julgando que este é o tipo de equipamento que “há muito fazia falta ao concelho” e que é importante para “projetar Oliveira do Hospital para o futuro”. “Esperamos que em breve possa ser uma casa viva”, afirmou, lembrando que falta apenas concluir a parte do antigo edifício da Casa da Cultura, em “homenagem ao antigo presidente da Câmara, César Oliveira”.
Em Lourosa, o executivo de José Carlos Alexandrino visitou mais uma obra há muito esperada pela população, e que se traduz na requalificação da área envolvente à Igreja Moçárabe. Também com “alguns avanços e recuos”, mas cujo resultado final a vereadora da Cultura, Graça Silva, espera “ser do agrado de todos”.
“Esperamos poder continuar a receber muitos visitantes de diferentes pontos do país e do mundo, porque este é uma espaço muito visitado”, afirmou a vereadora que viu encerrada esta visita pelas obras em curso no concelho, com um investimento também na área da cultura, na Bobadela. Trata-se da Casa Amarela, um investimento de cerca de 600 mil euros, que está praticamente pronto a inaugurar e que vai funcionar como Centro de Investigação e Promoção da antiga cidade romana.
Obras no Parque dos Marmelos
Obras na Casa da Cultura
Obras no Centro Educativo
Obras em Lourosa
Obras na Casa Amarela – Bobadela
Obras na Zona Industrial de Oliveira do Hospital