Com 16 casos activos de Covid-19 em Oliveira do Hospital, o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, garante que neste momento não há razões para “alarmismos excessivos”, porque “não há nenhuma pandemia de Covid-19 descontrolada” no concelho.
Em direto esta manhã na Centro TV, o autarca que aproveitou para elogiar e enaltecer o trabalho que está a ser feito pelo Gabinete Covid-19 do Município, confirmou que a maioria dos 16 infetados, 12 são alunos da ESTGOH, dois continuam a pertencer à cadeia de contágio do lar da Fundação Aurélio Amaro Diniz, um é estudante universitário em Coimbra, havendo ainda um novo infetado – um homem de 42 anos de Lagares da Beira, cujo estado de saúde é neste momento “a situação mais preocupante”.
O edil garante que em todos os casos “as cadeias de transmissão estão feitas e controladas”, estando também a ser feita a cadeia de transmissão deste último infetado. “Eu acho que estamos todos numa fase critica, e vem aí o dia de Todos os Santos em que temos todos que ter uma grande responsabilidade, mas também devo dizer que não deve haver neste momento um alarme excessivo, porque se nós nos compararmos com outros concelhos que têm números muito maiores, com cadeias de transmissão que já não estão controladas e começa a haver uma cadeia comunitária e na minha perspetiva aqui não temos essa situação” assegurou o presidente da Câmara, lembrando o “excelente” trabalho de localização das cadeias de contágio e de as “tentar travar” que tem vindo a ser feito pelo Gabinete Covid-19, quando essa era uma “obrigação” das autoridades de saúde local.
Alexandrino apontou nomeadamente o apoio aos estudantes da ESTGOH que têm as familias longe de Oliveira do Hospital, e que foi necessário apoiar em termos de alimentação, apesar dos “senhorios” dos apartamentos em que estes jovens vivem terem também dado um grande apoio, “interpretando bem o sentimento das gentes de Oliveira”, notou o edil.
“Por isso eu digo que não deve haver nenhum alarme, porque Oliveira do Hospital não tem um número de infetados que não seja possível identificar e cortar as cadeias, quando o número for maior isso já não vai ser possível”, afirmou, apelando ao sentido de responsabilidade dos oliveirenses, no feriado que se avizinha e que tradicionalmente juntava muitas famílias nos cemitérios. “Este ano podem fazê-lo mas com algumas regras” referiu, dando conta que estes espaços vão estar abertos com algumas limitações, nomeadamente no número de pessoas.
Alexandrino entende que o “alarme social” gerado durante o dia de ontem não tem razão de ser, na medida em que Oliveira do Hospital tem neste momento dois surtos (ESTGOH e FAAD) e estão “controlados”. Atenção redobrada parece mesmo merecer o caso do rapaz de 42 anos de Lagares da Beira, que apesar de não estar hospitalizado apresenta sintomas com alguma gravidade.