Líder do CDS/PP visitou sábado passado algumas habitações nos concelhos de Oliveira do Hospital e Tábua.
“Há dezenas de situações destas”, denunciou a líder centrista, que diz que os trabalhos de recuperação estão suspensos por “falta de pagamento” aos empreiteiros por parte do Governo.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lembrou este sábado em Tábua que “quase 40 casas” destruídas pelo fogo em 2017 aguardam trabalhos de reconstrução alegadamente por falta de pagamento do Estado.
Numa visita a quatro famílias cujas habitações ainda não foram reconstruídas, mais de um ano após o grande incêndio de 15 de outubro de 2017, a líder do CDS-PP disse aos jornalistas que os donos “passam o segundo Natal” a viver em condições “muitos precárias”.
Face a tais “situações inadmissíveis”, o CDS-PP vai prosseguir na Assembleia da República a sua “ação de pressão” ao Governo para que os problemas de realojamento dos lesados sejam resolvidos com mais celeridade.
Assunção Cristas visitou três dessas famílias no Município de Tábua, após ter dialogado com uma idosa de Vilela, no concelho vizinho de Oliveira do Hospital, que mora transitoriamente com uma filha, já que a reconstrução da sua casa está parada há algum tempo.
“Há dezenas de situações destas”, afirmou, alegando que as promessas do Governo “foram muitas”, mas os trabalhos em tais casas de primeira habitação estão suspensos “aparentemente por falta de pagamento” aos empreiteiros por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Depois de ter conversado com algumas das pessoas que perderam casa, diversos bens, animais e culturas agrícolas, a presidente do CDS-PP lamentou que estes cidadãos vivam “situações de abandono”, o que tem vindo a acentuar o seu “grande desânimo” relativamente aos poderes públicos.
Além do atraso na reconstrução de “dezenas de habitações”, Assunção Cristas criticou o processo das ajudas à agricultura e “um conjunto de enganos a que as pessoas foram sujeitas”.
“O Governo tem de ser apertado nesta área. Basta vir ao terreno e falar com as pessoas para perceber” que importa “continuar a alertar para estas situações”, concluiu.