Engenheiro mecânico residente em Ervedal da Beira quer inverter ciclo que considera de “empobrecimento e desertificação” do concelho, se for eleito.
O PSD já tem candidato à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. João Paulo Albuquerque, natural e residente em Ervedal da Beira, foi a escolha dos sociais democratas para disputar as próximas eleições autárquicas no concelho. Engenheiro mecânico com atividade por conta própria no setor metalúrgico, este militante do PSD, de 47 anos, é o primeiro candidato assumido à presidência do município de Oliveira do Hospital, liderado desde 2009 pelo independente José Carlos Alexandrino, eleito pelo PS.
“Os motivos que levaram à minha candidatura são, para além de ter ouvido da boca dos meus filhos que não pretendem ficar em Oliveira, porque em Oliveira não veem futuro, foi trocar a política de festas por uma política de criação de empregos, trocar a opacidade da governação por uma total transparência”, afirmou, em declarações à agência Lusa, dizendo-se apostado em inverter um ciclo que considera de “empobrecimento, envelhecimento e desertificação” do concelho se for eleito presidente nas autárquicas deste ano. “Passámos oito anos em festas e sem contas. Agora, propomos poucas festas, mais trabalho e melhores resultados”, disse João Paulo Pombo de Albuquerque.
A trabalhar, há vários anos, no ramo metalúrgico, “mais ligado à construção metálica, dimensionando, projetando, produzindo e montando variadíssimas estruturas, desde simples a complexas, com algumas obras de destaque nacional”, a sua candidatura aposta numa “melhoria do tecido industrial”, caso contrário, entende que o concelho “está condenado ao fracasso e não há festas que mascarem essa realidade”. “Com as gestões sociais-democratas, éramos o terceiro concelho mais industrializado do distrito, mesmo com a nossa interioridade. Agora, com os socialistas, somos o maior em festas”, criticou o candidato do PSD, lamentando que em Oliveira do Hospital “não se sabe quanto custam as festas, sonegam-se documentos aos eleitos”. Além disso, observa: “a floresta tem de ser protegida, pois está a ser devorada por eucaliptais. Os rios estão esquecidos, o turismo abandonado, o queijo desapareceu, tal como os restantes produtos endógenos”.
João Paulo Albuquerque justifica ainda o facto de não se ter concretizado uma coligação com o CDS, porque “as chefias centristas locais são pró-Alexandrino”.
Nas autárquicas de 2013, o PS reelegeu José Carlos Alexandrino para a presidência da Câmara Municipal com 66,61% dos votos e seis mandatos no executivo, enquanto o PSD se ficou pelos 21,58% dos votos e apenas um mandato na Câmara.
Foto: CBS