No âmbito do Dia Mundial da Oliveira, 26 de novembro, a Associação BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação está a promover a Semana da Galega, iniciativa dedicada ”à valorização de uma variedade de oliveira Beirã ancestral e de excelência”. Para assinalar a data juntaram-se à BLC3 o Museu do Azeite e os Azeites do Cobral para hastearem no Campus BLC3 a bandeira “Oliveira Galega: Portugal”, representando ”o compromisso e a importância da cooperação em toda a cadeia de valor da variedade galega”, conforme informado comunicado enviado pela associação.
Este momento simbólico ”marca um passo importante para o reconhecimento e preservação desta variedade única, sublinhando o seu papel central no setor do azeite português, na identidade cultural da região beirã e do país no mundo da azeitona e do azeite”.
O presidente da BLC3, João Nunes, destacou que “passado aproximadamente um ano do grande evento internacional realizado no campus da BLC3 em cooperação com a Universidade de Yale dos EUA (uma das 10 melhores universidades do mundo), e com diversas atividades na região de Oliveira do Hospital, Seia e Tábua, onde estiveram presentes especialistas internacionais e a “mãe da dieta mediterrânea”, foi lançado nesse evento o desafio do desenvolvimento da fileira da galega na região”. ”Passado um ano hasteamos um marco novo, uma bandeira que representa a cooperação em toda a cadeia de valor da galega, desde o melhoramento da planta e práticas de cultivo ao tratamento e valorização dos resíduos e subprodutos, assim como o posicionamento no mercado internacional”, asseverou.
Com esta iniciativa, a associação ”reafirma o compromisso de aliar o futuro ao passado de uma cadeia de valor estratégica para a bioeconomia nacional, preservando e reconhecendo a identidade única da oliveira galega como um pilar fundamental para a agricultura nacional e a olivicultura internacional”.
”É estratégico cooperar, valorizar e aumentar o dinamismo e a atividade económica do olival da variedade de galega na nossa região: uma variedade única portuguesa e de excelência. Mas, precisamos de o fazer com mais conhecimento, qualidade e tecnologia, até porque temos de ultrapassar o desafio da falta de mão de obra”, acrescentou ainda o presidente da BLC3.
A Oliveira Galega, reconhecida ”pela sua resiliência e pela qualidade excecional do azeite que produz”, tem a capacidade de se adaptar às condições climáticas e de solo do território nacional, tornando-se ”num símbolo de sustentabilidade, biodiversidade e resiliência milenar”. Contudo, de acordo com a associação, ”os desafios relacionados com a sua preservação e valorização exigem um esforço coletivo”.