Associação Humanitária comemorou 72 º aniversário.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira (AHBVLB) comemorou, no dia 3 de junho, o 72º aniversário. Em dia de festa para a corporação, comando e direção deram voz à “preocupação” com o fecho do Serviço de Atendimento Permanente em Oliveira do Hospital.
“Nos fogos de Pedrógão foi dado tudo. Aqui tiraram-nos tudo. O SAP acabou por encerrar”, chegou a afirmar o comandante António Pinto que se mostrou muito “preocupado” com as pessoas, já que para além do fecho daquele serviço, também o serviço de urgências que foi criado no hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD) “não é reconhecido como posto de urgência pelo CODU”. Explica que, por esse motivo, as chamadas emergentes não são encaminhadas para o hospital da cidade, mas para outras unidades hospitalares como Arganil, Seia, Coimbra ou até a Guarda.
Para o presidente da direção da AHBVLB este é “um constrangimento grande” que “obriga a um esforço enormíssimo” aos bombeiros de Lagares da Beira e é motivo de “preocupação”. “Em 2018, isto não tem explicação”, a não ser “a explicação financeira”, mas que já resultou numa diminuição de faturação para a Associação Humanitária na ordem dos 18.500 Euros. “Temos 2018 associados, mas não lhes damos nada. Agora chegamos a Coimbra e temos que descarregar as pessoas, como se descarregam animais. É impossível dizer que somos soldados da paz”, denunciou António Gonçalves.
A assumir a área da Saúde como “a mais preocupante”, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital referiu que as responsabilidades do fecho do SAP não são exclusivas do governo. “São alguns profissionais de saúde de Oliveira do Hospital que demagogicamente dizem que defendem a saúde para todos. Foram eles que fizeram com que o SAP fechasse. Esses médicos de Oliveira do Hospital e não foi o José Carlos Alexandrino”, referiu o autarca que defende a criação de um SAP 24 horas “na FAAD e não no Centro de Saúde porque temos raio x, análises e não precisamos de ser um entreposto para Arganil ou Coimbra”.
Em dia de aniversário, a corporação que conta com 46 elementos e tem em atividade a fanfarra (com 41 anos) e a Escolinha de Bombeiros deu provas da sua vitalidade, procedendo à bênção de uma nova ambulância de transporte de doentes, financiada em 50 por cento pelo município de Oliveira do Hospital e de uma viatura de incêndios florestais que resultou da troca de três antigas viaturas de combate a incêndios.
Entre as habituais distinções e condecorações, destaque para a atribuição do prémio Manuel Gouveia Serra à bombeira Andreia Brízida, cujo montante de 750 euros fez questão de oferecer à Escolinha de Bombeiros para aquisição de equipamento. A título póstumo, a direção homenageou o diretor falecido Luís Alberto, conhecido por “Beto”. Na sessão comemorativa participaram ainda elementos e representantes da Federação de Bombeiros do distrito de Coimbra, Comando Distrital de Operações de Socorro, Liga de Bombeiros Portugueses e responsáveis autárquicos.