Falta de cumprimento dos prazos leva autarquia a ter de partir para novo concurso.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital confirma a rescisão do contrato com a empresa Construções Irmãos Peres, de Nogueira do Cravo, que tinha ganho a empreitada de requalificação da escola sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, num investimento superior a um milhão de euros.
Apesar de ter iniciado os trabalhos no final do ano passado, nomeadamente a remoção da cobertura de um dos pavilhões da escola, a empresa abandonou a obra, no início do ano, devido a problemas financeiros que estão a afetar o seu normal funcionamento.
A empresa apresentou, entretanto, um plano de recuperação, o que levou José Carlos Alexandrino a ponderar a rescisão, mas volvidos cerca de quatro meses após o início das obras e com a situação a degradar-se no pavilhão agora a descoberto, o presidente da autarquia diz não lhe restar outra alternativa senão partir para a rescisão e lançar um novo concurso. “Isto tem sido um autêntico calvário, com todos os passos que nos desgastam e às vezes os encarregados de educação também não percebem muito bem, se há dinheiro porque é que a obra não anda”, desabafou recentemente o autarca, mostrando-se ele próprio agastado com este processo, que demorou já demasiado tempo na “secretaria”, devido a problemas relacionados com a titularidade dos terrenos, e agora fica irremediavelmente atrasado com mais este “contratempo”.
“Às vezes parece que é a Câmara Municipal que tem culpa de tudo, quando são coisas da vida, que temos de as enfrentar” lamenta o autarca, referindo -se às críticas de que tem sido alvo à custa das obras terem parado. Lembrou, além disso, as inúmeras reuniões que teve no Ministério, em Lisboa, para desbloquear as obras e depois destas terem luz verde, “para azar havia de acontecer agora isto que é uma coisa que me constrange”.
Confessando-se angustiado com o processo que já podia estar concluído, e “termos agora melhores instalações para os nossos alunos”, Alexandrino adianta, todavia, que será feita uma nova adjudicação das obras, que têm 85% de financiamento comunitário, no pacto da CIM.
Apesar do calvário que têm sido estas obras tão reivindicadas pela comunidade escolar, sobretudo pela urgência na substituição das coberturas de amianto dos pavilhões, Alexandrino ainda espera ser um autarca “feliz” quando as instalações da escola estiverem concluídas e renovadas, não avançando, todavia, com qualquer previsão.