Candidatura da CDU quer “segurar” Meruge e espera maior votação de sempre na extinta freguesia de Vila Franca

João Dinis espera que futuro executivo da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca respeite vilafranquenses.

Há doze anos nas “mãos” do partido comunista, Meruge volta a ser a “grande” batalha eleitoral da candidatura da CDU nestasautárquicas em Oliveira do Hospital. Apesar dos anos no poder e do “desgaste” do atual executivo, denunciado agora pelos adversários, João Dinis, o cabeça de lista do partido à Câmara Municipal não duvida da vitória “expressiva” e “confortável”de Aníbal Correia naquela freguesia, outrora bastião social democrata, e onde surge pela primeira vez, depois de 12 anos de “jejum”, uma candidatura do PSD. Uma freguesia que apesar de estar a ser mais disputada, com três candidaturas no terreno, não faz recear os comunistas que acreditam na sua “manutenção”, tendo em conta que “as pessoas reconhecem obra feita e querem continuar com o projeto da CDU”.
Situação mais “complicada” nestas eleições é, todavia, Vila Franca da Beira que, ao ter sido agregada à vizinha freguesia de Ervedal da Beira, arrisca-se também a perder a hegemonia conquistada nos últimos anos para o partido comunista. O facto da freguesia ter sido extinta, contra tudo e contra todos, leva João Dinis a afirmar, com certeza “absoluta”, que a CDU “vai ter a maior votação de sempre em Vila Franca”. “Um cartão vermelho” que se traduzirá neste casoem mais votos, e que o candidato espera ver “respeitados” pelo futuro executivo da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira. “Venha lá quem vier, terá que contar com os resultados da sessão de voto de Vila Franca” avisa o também cabeça de lista àquela União de Freguesias, para quem o próximo órgão autárquico terá de se “ver com a CDU”, caso contrário “temos o caldo entornado”.
E se a “luta” da candidatura comunista se centra sobretudo nestas duas freguesias, no resto do concelho, fica a crítica a uma campanha eleitoral marcada pelo “ruido” e por “uma espécie de gritaria” das duas principais candidaturas. “Há gente que anda a ficar nervosa e isso é muito mau sinal” entende João Dinis, lamentando que os candidatos da “alternância” – PS e PSD – passem ao lado dos “problemas reais do concelho” e apostem no “foguetório das palavras”. “À candidata do PSD não lhe interessa e refugia-se na conversa ambígua, e o candidato do PS anda excessivamente nervoso, e começa a entrar por discursos desviantes”, observa o cabeça de lista da CDU, denunciando aquilo que classifica de “ostensivo” e até “ofensivo” para quem está a passar por dificuldades que é “o dinheiro que os partidos gastam em campanhas eleitorais”.

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