Espaço abriu a 18 de abril e promete ser uma porta aberta ao conhecimento da antiga cidade romana.
Abriu as portas a 18 de abril, uma forma do Município assinalar o Dia dos Monumentos e Sítios, e conta já com cerca de um milhar de visitas.
Aguardado há vários anos, o Centro de Interpretação das Ruinas Romanas da Bobadela abriu finalmente ao público, complementando o espaço museológico e os monumentos envolventes – o arco, o fórum e o anfiteatro romano. O espaço, todo ele renovado, contém agora diverso material expositivo, resultante de 30 anos de escavações arqueológicas, e outro espólio que estava guardado fora do concelho. Além das peças descobertas durante as escavações, o Centro é todo ele “forrado” de informação sobre a ocupação romana da Bobadela.
Uma viagem no tempo e na história das civilizações que ocuparam o concelho que pode ser feita também de forma interativa. Vereadora da Cultura, Graça Silva, não tem dúvidas que este era o espaço que faltava para projetar a Bobadela e o seu magnífico património arqueológico. “O número de visitas que temos neste mês e meio de funcionamento significa que esta era uma obra há muito desejada”, constata a autarca, realçando o contributo e a importância deste espaço para “um conhecimento mais aprofundado” do que era a splendidissima civitas.
“Sem dúvida que era uma lacuna grave, termos aqui um património tão importante como este e não ser possível interpretá-lo”, observa a vereadora, acreditando que este espaço, além de um polo de atração turística, é também uma mais valia para as escolas, que podem levar ali os seus alunos e dar uma aula “viva” sobre o período da ocupação romana . “O público escolar tem aqui uma fonte de informação sobre este período histórico que é único na região”, faz notar, não tendo dúvidas do enorme potencial da Bobadela, a partir do momento em que se lhe acrescenta este Centro de Interpretação das Ruinas.
Num investimento de 250 mil euros, para já totalmente suportado pelo Município de Oliveira do Hospital, o espaço está aberto de terça a domingo, das 10 h às 18 horas, e conta com guias, que ajudam o visitante “a conhecer e a valorizar este património”, diz Graça Silva. A tudo isto, junta-se ainda o investimento na Casa Amarela, que se encontra em obras de recuperação, e que servirá essencialmente de espaço de acolhimento para investigadores e arqueológos que queiram aprofundar o seu conhecimento sobre a Bobadela.