Matadouro encerrou portas, mas há já interessados na compra.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, adiantou na última reunião pública do executivo que há duas empresas, uma delas de “capital chinês”, que poderão estar interessadas em viabilizar o Matadouro da Beira Serra, que fechou portas no início do mês de junho, deixando 42 pessoas no desemprego.
O autarca respondia assim ao vereador da oposição, João Paulo Albuquerque, que confrontou o presidente da autarquia sobre o encerramento daquela estrutura de abate de animais, uma vez que a Câmara Municipal também detinha cotas na sociedade. “Há ou não perspetivas de voltar a colocar esta estrutura novamente em laboração”, questionou o vereador do PSD dizendo-se disponível para apoiar “uma solução que defenda os interesses dos trabalhadores e do concelho”, pois trata-se , no seu entender “de uma empresa que tinha uma imagem de marca e que projetava o concelho”.
Alexandrino esclareceu que os “2%” que a Câmara detém na sociedade do Matadouro “não dá para tomar posição nenhuma”, e que aquela empresa “nunca teve gestão autárquica”. O autarca entende todavia que os problemas do matadouro não são de agora, tendo-se vindo a agudizar, nos últimos anos, com a vinda de algumas grandes superfícies e a consequente perda de clientes no mercado local. “Um matadouro que dá prejuízo de 30 mil euros por mês é uma empresa que não tem possibilidades para continuar”, referiu o edil, mostrando-se ao mesmo tempo tranquilo uma vez que o Matadouro “não foi para a insolvência”, não tem “dívidas à Segurança Social, ao Fisco e a fornecedores”, e vai “pagar as indemnizações aos trabalhadores”.
Na hora de encontrar responsáveis, o presidente da Câmara não tem dúvidas em afirmar que o que aconteceu ao Matadouro teve a ver com o facto deste não se ter “modernizado” e apontou o dedo a pessoas com responsabilidades que são trabalhadores do Matadouro que “não fizeram o seu trabalho. “Vender é fácil, cobrar o dinheiro às vezes é difícil”, considerou, julgando que neste momento a administração “fez o que tinha que fazer”.
Alexandrino adiantou neste momento estar a “trabalhar no sentido de recuperar o matadouro” e “há duas empresas que mostram interesse em viabilizar o Matadouro”, uma delas de “capital chinês”, garantiu o autarca.