Câmara aprova empréstimo de dois milhões de euros para realizar um conjunto de obras nas freguesias.
A Câmara de Oliveira do Hospital aprovou, ontem, com o voto favorável do único vereador do PSD no executivo, a contração de um empréstimo de dois milhões de euros, para fazer face a um conjunto de pequenos investimentos que ainda são necessários nas freguesias.
O financiamento tem em vista a “coesão do território”, uma vez que só a cidade de Oliveira, como acabou de ser ontem anunciado pelo presidente, José Carlos Alexandrino, foi contemplada com sete milhões de euros no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do novo quadro 2020, cujas verbas foram recentemente negociadas com a CCDRC. “Vamos contrair estes dois milhões de euros com um objetivo que é claro: queremos criar alguns equilíbrios em relação à própria cidade, se esta teve um financiamento grande, nós precisamos de acompanhar com algumas obras nas freguesias”, considerou o edil, que deu o exemplo de alguns investimentos que têm de ser realizados nas freguesias, nomeadamente na área do abastecimento de água e saneamento, como a construção de várias pequenas Etar´s que vão resolver muitos dos problemas de impacte ambiental dessas localidades.
Alexandrino apontou também o caso do Parceiro e Alentejo, na freguesia de S. Gião, onde a água da rede pública está a “ajuda a matar as pessoas”, isto “é arrepiante”, afirmou o presidente, justificando assim os dois milhões de empréstimo, que serão ainda canalizados para outros trabalhos, como a reconstrução da praia fluvial de Avô, recentemente assolada pelo mau tempo, e cujos prejuízos rondam os 100 mil euros.
Segundo o autarca, além destes dois milhões, a Câmara Municipal irá ainda reforçar o investimento nas freguesias com mais um milhão de euros, tudo em nome da “coesão do território”, mas com olhos postos no equilíbrio financeiro do Município, já que, segundo o autarca, o empréstimo será de “curto prazo” para que “as gerações futuras não paguem as nossas contas”. O empréstimo foi aprovado com o voto favorável do vereador do PSD, João Brito, que apesar se mostrar a favor, por princípio, a financiamentos para fazer obra e desenvolver o concelho, fez uma recomendação ao executivo para que o dinheiro que é gasto noutras atividades, seja canalizado para aquilo que é realmente necessário ao concelho.
Enquanto isso, o centro urbano da cidade deverá ser palco de investimentos, no âmbito do novo quadro comunitário, na ordem dos sete milhões de euros, estando previsto para já o lançamento da Av. Virgílio Ferreira e Av. Carlos Campos, estando ainda abrangidos projetos como a reabilitação da Zona Histórica, o bairro social Manuel Rodrigues Lagos, as antigas instalações do Colégio Brás Garcia de Mascarenhas, e a criação de um “conceito de um centro comercial ao ar livre”. “São realmente boas notícias, porque há concelhos com mais do dobro da população que o nosso e que têm as mesmas verbas”, afirmou, congratulando-se com grande capacidade negocial que o Município teve com a CCDRC.