Reunido em Oliveira do Hospital, o Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra aprovou por unanimidade uma tomada de posição, composta por 32 medidas de apoio às vítimas dos incêndios de 15 e 16 de Outubro.
Face à calamidade pública causada pelos fogos que atingiram a região, o plano proposto pela CIM Região de Coimbra tem como prioridades a recuperação das habitações, empresas e apoio à reflorestação, considerando ainda urgente a intervenção ao nível da prevenção da erosão, corte e escoamento da madeira ardida. O documento propõe várias medidas de apoio ao emprego e aos rendimentos dos trabalhadores de empresas abrangidas por medida de redução temporária do período normal de trabalho ou suspensão de contratos de trabalho. A criação de um regime excecional e temporário de isenção total do pagamento de contribuições à segurança social, durante um determinado período, para as empresas e trabalhadores independentes, cuja atividade tenha sido diretamente afetada pelos incêndios, é outra das medidas defendidas pela CIM RC.
Na área da saúde, é proposta a valorização das soluções de proximidade, incluindo programas de apoio psicológico, reforço das equipas comunitárias e programas de promoção de saúde pública para controlo da eventual contaminação das águas e dos solos.
É também preocupação da CIM Região de Coimbra o apoio às organizações e instituições sociais que empreendam ações de solidariedade dirigidas aos territórios e populações afetadas pelos incêndios e reforçar as respetivas estruturas técnicas.
No âmbito dos apoios comunitários, a CIM RC defende a reabilitação da imagem turística das áreas afetadas pelos incêndios, além da redefinição da estratégia da região para o sector do turismo e o lançamento de projetos de desenvolvimento turístico.
O apoio à reparação e reposição das condições de segurança rodoviária das estradas nacionais e municipais atingidas, bem como das infraestruturas e equipamentos municipais de suporte às populações estão previstos no documento.
Reabilitação de linhas de água, reposição da galeria ripícola autóctone, reposição de açudes, plano de reflorestação e reordenamento florestal, no qual os municípios sejam parte ativa, nomeadamente no seu licenciamento e fiscalização, fazem parte do plano aprovado e que defende o corte da madeira ardida, que se perspetiva de imediato, com a coordenação e fiscalização dos municípios.
Captação de investimento produtivo e fixação da população são outras das preocupações da CIM Região de Coimbra que está determinada no apoio à pastorícia, reabilitação física das aldeias e vilas dos territórios rurais atingidos.
No documento, a CIM Região de Coimbra expressa o mais profundo pesar e apresenta as mais sinceras condolências aos familiares e amigos das 44 vítimas mortais, 24 das quais na nossa Região.