A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital acaba de ver assegurado o financiamento para a requalificação do complexo de piscinas e campos de ténis da cidade.
A obra que tem tudo para avançar em 2023, vai contar com uma comparticipação de 60% do investimento global estimado em 445 mil euros, através da Direção Geral das Autarquias Locais.
O compromisso de financiamento foi ontem selado com a assinatura do Contrato Programa com o Município de Oliveira do Hospital, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, que realçou o alinhamento deste Município com aquilo que são as preocupações atuais das autarquias de “recuperar”, “reabilitar” e cuidar da “sustentabilidade” dos equipamentos, ao invés de “fazer de novo como era o anseio de muitos autarcas ainda não há muitos anos a esta parte”.
“Há este espírito imbuído nos autarcas que é de vir a recuperar os imóveis existentes, dando-lhe novas funcionalidades ou criando novas condições mantendo a funcionalidade, como é este o caso” sublinhou o governante, destacando a importância destes investimentos para “aumentar a atratividade destes equipamentos, para que as pessoas se possam servir com melhores condições”, contribuindo desta forma para “aumentar também a atratividade deste território de Oliveira do Hospital”.
“Se nas nossas casas precisamos de cuidar delas para que elas continuem a servir a sua função, também os equipamentos precisam de ser cuidados diariamente e renovados constantemente para continuarem a servir a população”, fez notar, apontando para o valor da comparticipação da administração central que “concorre com 266 mil euros” para esta obra. “É algo que, independentemente dos valores, representa uma parceria entre a administração central e a administração local, tendo em permeio a administração regional – a CCDRC, que visa melhorar um equipamento e melhorar um território”, acentuou Carlos Miguel, que aproveitando a intervenção do representante da Assembleia Municipal, o deputado municipal Carlos Mendes, sobre a necessidade de um complexo multiusos na cidade para a realização de vários eventos, aludiu que este é o momento para “pensarmos o dia de amanhã e o dia depois de amanhã” ou seja “estamos no momento de começar a discutir com as CCDR´s e com as CIM´s aquilo que vai ser o Portugal 2030, e aquilo que serão prioridades do território, município a município”.
“É a altura determinante para o fazer, e ainda no final deste ano, princípio do próximo ano, queremos que essas negociações fiquem fechadas, de forma a no primeiro semestre de 2023 começarmos a ter avisos na rua, e para termos avisos na rua nós precisamos de ter projetos”, alertou, adiantando que ao dia de hoje a grande prioridade “é ter projetos”, “vários projetos” porque tendo projetos “quando abrirem as janelas de oportunidade de financiamento serão os primeiros a estarem na fila para essas janelas” avisou, considerando da maior importância que cada município faça o seu trabalho de casa e determine quais são os seus “jokers” para estarem preparados para uma “negociação” que “nunca é fácil” dentro da CIM e na própria CCDR.
A iniciar a sua intervenção com um agradecimento ao vereador da área do desporto e atividade física, Nuno Ribeiro, pela boa gestão que tem vindo a fazer deste equipamento municipal, permitindo que largas centenas de crianças e adultos usufruam diariamente deste espaço, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, deu nota da “relação profícua” que tem existido com a DGAL, nomeadamente com o Secretário de Estado Carlos Miguel, que conhecendo “bem a dinâmica dos territórios” e as suas “necessidades”, tem vindo a assinar, nos últimos anos, vários contratos programa de financiamento no Município que têm permitido a remodelação de vários equipamentos desportivos e de lazer.
O complexo das piscinas municipais e campos de ténis representa mais um “investimento de parceria” entre o Município e o Governo da República que visa “atualizar, modernizar e tornar estes equipamentos mais adaptados às exigências dos seus utilizadores, dando mais conforto a quem os utiliza”. Dando conta das crescentes exigências financeiras colocadas ao Município, José Francisco Rolo soma agora este investimento às várias empreitadas em curso na cidade, julgando que o investimento na requalificação do complexo municipal de piscinas representa muito mais que a recuperação de um espaço,“é uma forma de proporcionar estilos de vida saudáveis”, além de valorizar uma zona da cidade que deverá ganhar uma nova centralidade com o futuro Centro Educativo e o recém inaugurado Parque dos Marmelos.
“É um equipamento que vai ser remodelado com um investimento na ordem do meio milhão de euros, servindo 14 entidades entre escolas, clubes, IPSS´s”, referiu o edil, lembrando a propósito o lançamento, ainda esta semana, do programa “Move te a Nadar”, precisamente para levar as pessoas a praticarem atividade física neste equipamento municipal.
Pedindo antecipadamente desculpa pelos incómodos causados aos utilizadores deste complexo durante a sua reabilitação, o presidente da Câmara voltou a “pedir desculpas” aos oliveirenses “pelos constrangimentos que criamos quando estamos a realizar obra”.
“Introduzir mudança modernizar uma cidade implica constrangimentos”, afirmou, antevendo o impacto com o início das obras do Lote 1, no âmbito da empreitada de requalificação do Centro Histórico, na zona envolvente ao tribunal, “mas é para modernizar a cidade e tornar a cidade mais amiga das pessoas”, justificou.