Larápios levaram vários equipamentos e ferramentas agrícolas no valor de mais de três mil euros.
A Cooperativa de Agricultores de Alvoco das Várzeas foi assaltada, na madrugada de sexta-feira, tendo ficado sem cinco motosserras, uma motoroçadora e ainda 15 discos utilizados nas máquinas de roçar mato, que se encontravam no interior das suas instalações, um edifício situado à beira da estrada nacional, embora deslocado do centro da povoação.
O alerta foi dado por volta das 7 e 30 da manhã, por um sapador florestal que chegava ao local para “pegar ao trabalho” como é habitual diariamente àquela hora. O trabalhador foi confrontado com a falta de vários equipamentos, nomeadamente os motosserras e a motoroçadora, necessários à execução dos trabalhos que a equipa de sapadores da Cooperativa realiza, designadamente a limpezas de mato e florestas, tendo contactado de imediato os elementos da direção. Os assaltantes terão entrado pela porta do escritório, de onde também retiraram 92 euros em dinheiro, tendo deixado “tudo remexido”, segundo o relato do presidente desta Cooperativa, José Manuel Mendes.
Ao todo, a direção estima que os prejuízos possam rondar os três mil euros, dinheiro que faz “muita falta” à organização que, com tantas despesas e responsabilidades mensais, não tinha sequer seguro contra roubo. “Isto é uma facada que nos dão”, diz José Manuel Mendes, lamentando o sucedido, mas já de mangas arregaçadas para tentar “erguer” a organização depois de um rombo destes. “Agora não vale a pena chorar sobre leite derramado, é tomar medidas e já as começámos a tomar, temos de reforçar as medidas de segurança”, adianta, fazendo notar que “algumas máquinas já não vão ficar no local esta noite enquanto o local não estiver seguro”. “Isto é revoltante porque a Cooperativa dá trabalho a muita gente que andava aí sem fazer nada”, diz o dirigente, preferindo não levantar suspeitas, mas também sem querer “pôr as mãos no fogo por ninguém”.
Uma coisa é certa, depois dos prejuízos, a Cooperativa de Agricultores, que atualmente gere uma equipa de sapadores florestais com cinco elementos e quatro funcionários “indiferenciados” não pode parar e, já ontem, adquiriu novos equipamentos para continuar a realizar os trabalhos de limpeza florestal que tem em mãos e outros, como a resinagem, que começam a ter novamente “procura” na região.
A GNR esteve no local a averiguar eventuais pistas que levem ao ou aos autores do roubo, que causou prejuízos significativos, contribuindo também para criar mais uma vez um clima de insegurança na aldeia.