O deputado do PSD, João Brito, mostrou-se contra a transição parcial do Serviço de Atendimento Permanente para o hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz. Na última reunião da Assembleia, o ex vereador do PSD acusou o presidente da Câmara de ter procedido à alteração do funcionamento das urgências “nas costas” dos oliveirenses.
Para o deputado do PSD, “a alteração foi feita à revelia dos oliveirenses e ocultada propositadamente em período eleitoral porque a decisão estava tomada desde abril”. Volvidos dois meses desde a transição parcial do SAP para o hospital da FAAD- todos os dias das 20h às 08h, aos fins de semana e feriados – João Brito questionou José Carlos Alexandrino se foram cridas as condições e acautelados os recursos para o bom funcionamento das urgências no hospital.
“Queremos que o acesso à saúde seja igual para todos. O serviço público dá-nos essa garantia”, afirmou o social democrata, defendendo “um serviço de atendimento público 24 horas por dia tal como foi feito no passado”. Questionou: “será preciso mais uma marcha silenciosa para que os governantes do país ouçam os oliveirenses já que o presidente da Câmara fez acordos destes nas costas deles”.
A intervenção de João Brito soou a “populismo” junto do presidente da Câmara Municipal, que logo lembrou o apoio dado pela FAAD no dia 15 de outubro, em que se registaram mais de 100 queimados e o SAP deixou de ter condições, sem luz e sem gerador.
“Quando o ouvi falar deste tema, achei que estava sonhar”, ironizou ainda o autarca, lembrando que “vergonha” foi quando o executivo anterior (PSD) deixou roubar o serviço de urgência básico de Oliveira do Hospital num silêncio de cumplicidade”.
José Carlos Alexandrino lembrou ao deputado que, à data da transição parcial do SAP para a FAAD, aquele serviço ia fechar, porque os médicos se tinham recusado a fazer “SAP noturno” . “Com certeza (o deputado) ficava mais contente se não tivéssemos SAP das 20h às 8h00”, comentou, referindo que o serviço “está bem entregue”. O autarca oliveirense assumiu que está “mais preocupado” com o funcionamento do SAP diurno, porque “três médicos foram embora, porque pediram mobilidade”.