O Projeto “Dou Mais Tempo à Vida”, da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro, teve no passado dia 30 de junho, a sua Festa de Encerramento, com um programa cultural diversificado e testemunhos de sobrevivência, no Parque do Mandanelho.
A 7ª edição do projeto “Dou mais Tempo à Vida” coube este ano ao concelho de Oliveira do Hospital, que deu uma grande prova de mobilização em torno de uma causa que toca a todos: a Luta Contra o Cancro.
O projeto que teve sessão de lançamento no dia 14 de abril, no Salão dos Bombeiros de Oliveira do Hospital, encerrou no domingo com um balanço positivo. Luísa Miranda, Isabel Casaleiro e Sónia Veloso assumiram o projeto no concelho que só foi possível com o envolvimento de cerca de 400 oliveirenses que, um pouco por todo o concelho, realizaram um total de 77 iniciativas, que permitiram sensibilizar para a prevenção da doença, mas também angariar verbas na ordem dos 35 mil Euros.
No decorrer do projeto, Vera Durão, do NRC da LPCC, foi a coordenadora do “Dou Mais Tempo à Vida”. Em dia de encerramento coube a Natália Amaral, Secretária Geral da estrutura considerar estar diante um “ambiente fantástico”. “É prova de que a doença não tem que ser tristeza. Na doença também pode haver alegria”, considerou a responsável, que agradeceu todo o apoio que foi prestado para o sucesso do projeto.
Desde a primeira hora ao lado do projeto “Dou Mais Tempo à Vida”, o presidente do Município de Oliveira do Hospital mostrou a sua satisfação pela “capacidade de mobilização” demonstrada pelos oliveirenses. “Cada vez gosto mais de ser oliveirense e tenho mais orgulho do meu concelho”. José Carlos Alexandrino disse que tem tido conhecimento de casos de doença oncológica por intermédio de Luísa Miranda, coordenadora do Grupo de Voluntariado Comunitário da LPCC em Oliveira do Hospital e garantiu que a Câmara Municipal tem “a porta sempre aberta para ajudar”.
No encerramento do projeto, José Carlos Alexandrino autarca deu o seu próprio exemplo, contando ter passado por um “carcinoma da próstata”. “Fui daqueles que tive sorte. Foi detetado precocemente e isso tem-me ajudado nesta luta. O meu coração hoje está com todas as famílias”, referiu José Carlos Alexandrino, lamentado que haja casos em que o problema já seja detetado “tarde”. Criticou ainda o dinheiro que grandes líderes internacionais gastam em armas e que poderia ser antes canalizado para apoio à investigação na luta contra a doença.