Em dia de comemorações do Feriado Municipal, José Carlos Alexandrino, lembrou o contexto de dificuldades em que tem governado nos últimos anos e mostrou-se preocupado com o que ainda “está para vir”.
Três anos depois do grande incêndio de 2017 e das intempéries de 2019, que causaram milhões de prejuizos no concelho, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital entende que o concelho volta a viver, em 2020, um dos momentos mais “complexos” da sua história recente, em consequência da pandemia de covid 19.
No seu discurso durante a sessão solene comemorativa do feriado municipal, José Carlos Alexandrino citava o Presidente da República, dizendo também ele que este dia feriado de 7 de outubro, “é um dos mais difíceis, senão um dos mais sofridos, dos mandatos autárquicos desde Abril de 1974”. “Bastaria recordar o 15 de outubro de 2017 e os incêndios que devastaram o nosso concelho em 97% da sua área florestal, e onde se perderam 13 pessoas que nunca mais se puderam recuperar, assim como dezenas de empresas destruídas e centenas de casas de primeira e segunda habitação”, recordou o edil, que lembrou ainda os avultados prejuízos em vias de comunicação causados pelas intempéries de 2019.
“Chegados a 2020 e quando pensávamos que já não havia nada pior para acontecer, aparece-nos a covid 19 que trouxe ao mundo, ao país e a Oliveira do Hospital uma nova realidade”. “Eu pergunto se nestes 46 anos de democracia algum executivo teve um executivo como este, a resposta todos sabem: claro que não”, sustentou o autarca, que falou ainda da troika e dos tempos de “vacas magras” que se seguiram à sua entrada na presidência da Câmara Municipal, em finais de 2009.
A um ano de terminar o atual e último mandato na autarquia, José Carlos Alexandrino não tem dúvidas que está perante num dos momentos mais “difíceis e complexos” da sua vida autárquica. “Esta pandemia tem estado a destruir o pequeno comércio, tem afetado quase todos os setores de atividade do concelho – preocupa-me em particular o setor das confeções, mas também a agricultura, o turismo – e isso trouxe alguma pobreza a algumas famílias de Oliveira do Hospital, e também como dizia o nosso Primeiro Ministro o mais difícil ainda não chegou”, fez notar o edil, que criou um gabinete de crise com o objetivo de controlar a pandemia no concelho.
“Essa equipa de gestão da covid 19 tem feito um trabalho extraordinário de controlo e identificação das cadeias de transmissão”, disse, lembrando que a esse trabalho, soma-se todo o investimento em EPI´s paras as IPSS´s, e outro material como testes e ventiladores para o hospital da FAAD. “Neste mandato focámos muito a nossa ação na ajuda aos munícipes, e na resolução das consequências dos incêndios, foi muito difícil porque havia verbas do quadro comunitário para executar.
Mas a nossa opção foi clara: entre obras e pessoas, nós optámos por defender as pessoas”, sublinhou o edil, para quem o slogan do seu executivo não é “teoria”, é “ação concreta no terreno, onde as pessoas são a nossa prioridade”.
Mesmo com todas as contingências, Alexandrino deu conta de um volume de obras de cerca de 20 milhões de euros negociadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Oliveira do Hospital, que estão em curso na cidade, algumas, como é o caso de requalificação da zona norte de Oliveira, ontem inaugurada, já concluídas.